A Transformação Digital na Indústria – Qual a importância da mudança de mindset para que seu negócio seja a prova de futuro

Por: Pedro Scripilliti

Especialista em e-commerce e omnichannel, com quase 20 anos de experiência no setor. Cofundador da Fundamentos Digitais / Mentor Pack Consultoria, tem um histórico de sucesso na criação e otimização de centenas de projetos digitais para B2C, B2B e B2B2C. Liderou a transformação digital da Amara NZero, impulsionando melhorias em ERP, CRM, BI e e-commerce. Atualmente, é Diretor de Parcerias e Canais da OmniK, advisor da VC Verve Capital, consultor e palestrante, ajudando a moldar a próxima geração de excelência digital no Brasil.

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A transformação digital tem sido um dos tópicos mais discutidos na indústria nos últimos anos aqui no Brasil e no Mundo. Trata-se de uma mudança na forma como as empresas operam e se relacionam com seus clientes, parceiros e funcionários, impulsionada pela tecnologia digital. Essa transformação tem o potencial de impactar significativamente a maneira como a indústria opera e cria valor para seus clientes.

Mas, em primeiro lugar, é preciso mudar gradativamente o mindset e se adaptar a uma cultura de inovação. Isso significa encorajar a experimentação e o aprendizado constante, permitindo que os funcionários testem novas ideias e soluções, sem medo de fracassar. É importante que a empresa crie um ambiente seguro e colaborativo que permita o compartilhamento de conhecimento e ideias entre equipes e departamentos.

É preciso se adaptar rapidamente à transformação digital, pois, a cada dia que passa estão enfrentando uma concorrência mais intensa e uma demanda crescente dos clientes por produtos e serviços mais inovadores, personalizados e de alta qualidade. Além disso, essa transformação pode oferecer novas oportunidades para as empresas, como a redução de custos, a otimização de processos e a melhoria da eficiência operacional.

Uma das grandes vantagens da transformação para operações B2B, B2B2C ou D2C é a capacidade de coletar e analisar dados em tempo real. E dados hoje são cruciais para manter uma vantagem competitiva e ajudar a identificar tendências, padrões e insights que podem ser usados para melhorar a eficiência e a qualidade dos processos e até mesmo de produtos.

Falando de dados podemos falar diretamente sobre a experiência do cliente. Com a tecnologia certa, ficou mais fácil coletar e analisar dados para entender melhor as necessidades e preferências dos clientes e, em seguida, personalizar seus produtos e serviços para atender a essas necessidades. Com isso proporcionar um processo de compra mais eficiente, seja pelo e-commerce ou em qualquer ambiente, falando assim da visão Omnichannel.

Quando aplicamos projetos ou a cultura Ominichannel o relacionamento com cliente muda pois ele passa a ser o centro das tomadas de decisões. É preciso se concentrar em oferecer experiências personalizadas e sob medida para cada cliente. Isso significa que as empresas precisam investir em tecnologias que permitam a coleta e análise de dados para que possam oferecer produtos e serviços cada dia mais personalizados e que atendam às necessidades individuais de cada cliente. Um bom exemplo seria, a partir dos dados coletados com os B.I., fazer a criação de kits usando informações como tipo de produtos, local de entrega, ticket médio e assim facilitar a escolha do cliente e todos os processos ao seu redor.

A transformação digital traz também benefícios na automação de processos e pode ajudar a melhorar a eficiência operacional, reduzir os erros e liberar os colaboradores para se concentrarem em tarefas de maior valor agregado. Um bom exemplo são os times comerciais poderem ser mais consultivos ao invés de somente “tiradores de pedidos”. Isso vai ajudar a lidar com a falta de mão de obra qualificada, especialmente em setores como a indústria de manufatura.

A cadeia de suprimentos também pode ser beneficiada. A tecnologia pode ser usada para melhorar a visibilidade e a transparência na cadeia de suprimentos, o que pode ajudar as indústrias a reduzir o tempo de entrega, melhorar a qualidade dos produtos e reduzir os custos gerais. Além disso, criar uma cadeia de suprimentos mais ágil e responsiva, que pode responder rapidamente às mudanças e sazonalidades do mercado.

No entanto, a transformação digital também traz um grande desafio para a indústria que acontece no dia a dia nas operações B2C. Falo do ponto de vista da segurança cibernética que, à medida que as empresas se tornam maiores e mais dependentes da tecnologia digital, elas também se tornam mais vulneráveis a ameaças cibernéticas. É preciso ter um time de TI e parceiros bem selecionados para transferir conhecimento e dividir os riscos específicos da segurança. Junto a isso, implementar medidas de segurança robustas para proteger seus dados e sistemas contra violações e ataques cibernéticos que podem ser desde e-mails até ataques a vulnerabilidades tecnológicas.

Como em todos os novos processos, a tecnologia não anda sozinha sem pessoas. Ela é o meio que vai acelerar e ajudar no desenvolvimento, porém é preciso que todos os times da empresa estejam abertos à mudança e evolução. Sem essas atitudes a tecnologia não fará a empresa andar sozinha.

Em resumo, a transformação digital exige uma mudança cultural significativa na indústria e que vem acontecendo de forma gradual, principalmente após a pandemia. As empresas precisam mudar sua mentalidade e adotar uma cultura de inovação, ser mais ágeis e flexíveis em sua abordagem, investir em tecnologias que permitam a coleta e análise de dados eficiente, oferecer experiências personalizadas aos clientes e ser mais abertas e transparentes em sua comunicação. Quem conseguir e fazer essa mudança cultural com certeza estará mais bem posicionada para competir no mercado atual e se adaptar ao futuro e as próximas gerações.

Todos os pontos que abordo neste texto são baseados em fatos reais, trazidos do meu dia a dia e que são meus grandes desafios de crescimento do mercado de distribuição de equipamentos fotovoltaicos no Brasil pela Amara NZero.

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