

| Canal oferecido por:
A transformação do comércio eletrônico no Brasil nos últimos 15 anos
FÁTIMA BANA
Colunista
1/25/20254 min read


Por: Fátima Bana
Executiva de marketing e negócios com mais de 15 anos de experiência, Fundadora e Líder da empresa Rent a CMO. Possui experiência no Brasil, América Latina e mercado da Europa, EUA e China, sendo especialista e certificada em ESG por Harvard e Membro da Comissão de startups e scale-ups do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Mestre em Comportamento Digital de Consumo pela Universidade da Califórnia – USA e Doutoranda pelo MIT/USA, cursando PHD em Comportamento de consumo integrado a Inteligência Artificial. É ainda pós-graduada em Neuropsicologia, Especialista em Neuromarketing e Aprendizagem pela São Camilo e Einstein de São Paulo, e certificada em Neurofeedback pelo BTI Brasil.
De 2010 até os dias atuais, houve um avanço notável no comércio eletrônico, no Brasil e no mundo, no qual tive o privilégio de fazer parte desse cenário em evolução. Testemunhei a transformação de uma plataforma incipiente e segmentada em um dos principais impulsionadores da economia digital.
Atualmente, o setor atingiu um nível de maturidade que tem gerado mudanças significativas no marketing digital, priorizando a criação de comunidades autênticas e comprometidas em detrimento da tradicional propaganda e influenciadores com grande alcance. A tendência agora é focar em engajar as pessoas de forma genuína.
Nos primeiros anos de 2000 o Brasil começou a organizar seu mercado de comércio eletrônico; entretanto foi na década de 2010 que houve uma verdadeira expansão nesse setor no país. Tendo apenas 27% da população com acesso à internet em 2010, segundo informações do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), esse número subiu para mais de 83% em 2023 com a popularização dos smartphones e melhorias na infraestrutura de comunicação.
O crescimento no número de usuários impulsionou o surgimento de importantes plataformas de comércio eletrônico como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon Brasil, estabelecendo o comércio eletrônico como uma opção viável e confiável para muitos consumidores. Durante a pandemia de Covid - 19, o setor cresceu 48 %, atingindo uma receita de R$ 262 bilhões em 2022, conforme relatado pela Ebit | Nielsen.
Com a crescente concorrência e o surgimento de novas tecnologias, houve também uma mudança significativa no campo do marketing digital. Enquanto há 10 anos as empresas direcionavam grandes investimentos em publicidade no Google e no Facebook, atualmente há uma tendência em busca de interações mais personalizadas e na formação de comunidades de consumidores.
Pesquisas recentes indicam que os gastos com aquisição de clientes dispararam nos últimos tempos. De acordo com a McKinsey & Company, o retorno sobre investimento de campanhas publicitárias diminuiu 30% entre 2015 e 2023, em parte por conta da competição acirrada e das restrições impostas por regulamentações de privacidade como a LGPD e o GDPR.
Além disso, até recentemente, influenciadores de grande porte eram protagonistas no mundo do marketing; porém, atualmente, as marcas têm dado mais importância aos microinfluenciadores e nano influenciadores, que proporcionam uma conexão mais autêntica com suas audiências. Segundo a Forrester, influenciadores com menos de 50 mil seguidores apresentam taxas de engajamento até três vezes maiores do que as celebridades.
Em minha opinião, as comunidades são essenciais para o desenvolvimento do Marketing Digital. E o surgimento delas é uma tendência mundial que está transformando a forma como marcas e consumidores se relacionam entre si.
Estas comunidades vão muito além dos grupos online e se tornam ambientes nos quais experiências são compartilhadas e o valor é criado em conjunto. A Patagônia, por exemplo, é conhecida por seu compromisso com práticas sustentáveis e conquistou uma base fiel de clientes que compartilham seus valores ambientais. Já a empresa de cosméticos Glossier se destaca ao incorporar opiniões de seus consumidores na criação de novos produtos - um exemplo notável de comprometimento com o público-alvo. O Nubank não só traz novidades ao campo financeiro como também cria uma comunidade baseada em valores como facilidade de uso e transparência de informações. O influenciador de sucesso Thiago Nigro criou uma comunidade engajada em prol da educação financeira entre seus seguidores, elevando o alcance de sua marca pessoal.
Um levantamento realizado pela Nielsen em 2023 mostrou que a maioria dos consumidores no Brasil opta por adquirir produtos de marcas com as quais se sintam emocionalmente ligados — uma preferência que vem aumentando ao longo dos anos de forma significativa, passando de 38%, em 2015, para 62%. Esse dado ressalta a importância cada vez maior das relações emocionais no comércio eletrônico.
A evolução do comércio eletrônico no Brasil (assim como no mundo todo) está em pleno vapor e as marcas que optarem por estratégias centradas em comunidades e engajamento genuíno terão uma vantagem competitiva considerável. O futuro do marketing digital não reside em campanhas de massa, pelo contrário, está nas conexões significativas que solidificam a relação entre marcas e consumidores. Este é o momento para colaboração conjunta – ouvir e estabelecer uma base de clientes autenticamente fiéis.
Boas vendas!
Leia também
ExpoEcomm®️
Seja Expositor
Termos & Condições
Políticas de Privacidade
Site criado por SNOW
Apoio Institucional


SEO


Agência


ERP


CRM Atendimento


Agência


Integrador


CRM Atendimento


Plataforma


Agência


Plataforma


Integrador


Logística


Software Logístico


Agência


Soluções em Frete


Pagamentos


Consultoria Tributária


Integrador
EXPOSITOR


Pagamentos


Busca Inteligente


Logística
DESTAQUE
OFERECIMENTO


Plataforma


Agência


ERP


Plataforma


Marketplace


Plataforma
