| Canal oferecido por:

Como Escalar Sua Comunidade Sem Perder a Essência

CESAR MARTINS

Colunista

9/27/20255 min read

Por: Cesar Martins

Cesinha está no mercado digital desde 2014 e é o fundador do E-Commerce House, uma das maiores comunidades de e-commerce do Brasil, com mais de 2.000 membros ativos. Reconhecido por sua habilidade de conectar pessoas e criar oportunidades, lidera um ecossistema que valoriza o humano tanto quanto o digital. Recentemente, fundou a Nothing New Co., um projeto com uma visão provocativa e sofisticada, que desafia padrões e abre espaço para novas possibilidades no âmbito de transformação digital. Sempre focado em construir conexões genuínas, ele transforma relacionamentos em negócios que impactam o mercado.

Criar uma comunidade forte é uma coisa. Fazer ela crescer sem virar um caos é outra história.


Se você construiu algo que realmente gera valor, chega um momento inevitável: o crescimento começa a acontecer naturalmente.


O que antes era um pequeno grupo de conexões se transformou em algo maior, com mais gente querendo entrar, mais oportunidades surgindo e, claro, mais desafios para manter tudo funcionando sem perder a identidade.


A pergunta que muita gente faz nesse ponto é:


“Como posso expandir minha comunidade sem que ela perca a essência?”


Porque crescer descontroladamente pode matar tudo o que foi construído. Se você não estrutura esse crescimento direito, acaba com um grupo onde ninguém se conhece, ninguém se sente parte e ninguém interage.


E foi exatamente para evitar isso que criamos mecanismos para manter a cultura e o engajamento mesmo com mais de 2.300 membros e 11 grupos ativos.


Então, bora falar como escalar uma comunidade do jeito certo?


Crescer não é só adicionar mais gente: é garantir que as conexões continuem acontecendo

O primeiro erro que muita gente comete ao tentar escalar uma comunidade é achar que crescimento é só trazer mais membros.


Não é.


Crescimento precisa vir acompanhado de estrutura, cultura e conexão.


Se você só adicionar mais gente sem um plano, os membros antigos perdem o vínculo e os novos não se sentem parte.


Então, antes de sair aceitando todo mundo, faça três perguntas fundamentais:


  • O que garante que novos membros vão entender o DNA da comunidade?

  • Como faço para manter a proximidade entre os participantes, mesmo com mais gente chegando?

  • Quais regras e processos preciso criar para evitar que a comunidade vire um grupo bagunçado?


Se você não tiver respostas para isso, não está pronto para escalar.


O efeito “chegar na festa sozinho” e como evitar

Sabe aquela sensação de entrar em um evento onde todo mundo já se conhece e você está lá sozinho, sem saber por onde começar?



Isso acontece com novos membros quando uma comunidade cresce sem estrutura.


Eles entram, olham as conversas e pensam: “O que eu faço agora?”


Se você não cria um onboarding, não dá contexto e não facilita a entrada dessas pessoas, elas ficam no grupo, mas não participam.


E o segredo para evitar isso é criar um processo de boas-vindas que integre os novos membros desde o primeiro dia.


Como garantir que novos membros realmente entrem no flow da comunidade?


Boas-vindas personalizadas

Sempre que alguém novo entra, faça uma apresentação e convide a pessoa a se conectar com outros membros.


Facilite a primeira interação

Faça perguntas direcionadas, marque novos membros em conversas relevantes e incentive que se apresentem.


Crie um guia de cultura da comunidade

Deixe claro desde o início o que pode, o que não pode e como o grupo funciona. Isso evita confusão e já coloca os novos membros no ritmo certo.


A importância de dividir para crescer (Subgrupos e Segmentação)

Uma comunidade muito grande precisa de divisões estratégicas para não perder a essência.


Percebemos que um grupo geral com mais de 2.300 pessoas poderia facilmente virar um grande caos.


A solução? Segmentação e subgrupos.


Criamos grupos menores focados em temas específicos (marketplaces, plataformas, marketing digital, etc.), o que permite que as pessoas encontrem seu espaço e participem de forma mais ativa.


Se sua comunidade está crescendo rápido, criar subgrupos pode ser uma das melhores formas de escalar sem perder proximidade.


Benefícios de ter subgrupos dentro da sua comunidade:


  • Mais relevância nas conversas, pois cada grupo foca em um tema.

  • As pessoas se sentem mais conectadas porque têm algo específico em comum.

  • Menos dispersão e menos ruído dentro do grupo principal.


Mas atenção: não crie subgrupos só por criar. Certifique-se de que há demanda real e que as pessoas realmente querem um espaço segmentado.


Como manter o engajamento alto mesmo com mais gente

Um dos maiores desafios de escalar uma comunidade é manter o mesmo nível de engajamento que existia no começo.


No início, quando tem poucas pessoas, é mais fácil criar conexões, porque todo mundo se conhece. Mas conforme a comunidade cresce, se você não estimula interações, o engajamento começa a cair.


Aqui estão algumas estratégias que funcionam muito bem para evitar isso:



Crie rituais e dinâmicas fixas:

Toda comunidade forte tem pequenos rituais que fazem os membros se sentirem parte de algo maior.


Exemplos:
Toda segunda-feira: um post para os membros compartilharem seus desafios da semana.

Toda sexta-feira: um espaço para celebração de conquistas e trocas de aprendizados.

Uma vez por mês: um encontro online ou presencial para fortalecer as conexões.

Esses rituais ajudam a manter a comunidade ativa e engajada.


Reconheça e valorize os membros mais ativos:


Se tem algo que faz as pessoas participarem mais, é o reconhecimento.


Sempre destaque os membros que mais contribuem, seja com uma mensagem pública, um prêmio simbólico ou até dando acesso a conteúdos exclusivos.


Isso cria um efeito positivo onde as pessoas se sentem motivadas a continuar interagindo.


Estimule networking entre os membros:


Se os membros começam a se conectar entre si, a comunidade se fortalece sozinha.


Faça isso ativamente, apresentando pessoas que podem ajudar profissionalmente.


Quanto mais conexões reais acontecerem dentro da comunidade, mais forte ela se torna.



Como manter o DNA da comunidade no longo prazo

Por fim, uma das maiores preocupações ao escalar uma comunidade é manter o propósito e a cultura viva.


Se você quer garantir que sua comunidade cresça sem perder a essência, siga essas três regras:


Nunca abandone os valores iniciais:


O que fez sua comunidade crescer no começo precisa continuar sendo o que move ela no futuro.


Se no início era sobre conexões genuínas, não se transforme em um ambiente 100% comercial e transacional.


Escolha bem quem entra:


Nem todo mundo que quer entrar faz sentido para a comunidade. Defina critérios claros para novos membros e, se necessário, crie um processo seletivo.


Continue presente:


Mesmo que sua comunidade cresça muito, não suma.

O líder de uma comunidade não precisa controlar tudo, mas precisa continuar sendo a referência e garantindo que o DNA original permaneça.



Conclusão: Crescer é bom, mas crescer certo é melhor


Se tem uma coisa que quero que você leve desse artigo, é isso:


Crescer não é só adicionar mais gente, é garantir que a cultura e as conexões continuem fortes.


Criar processos de boas-vindas evita que novos membros fiquem perdidos e desengajados.

Dividir a comunidade em subgrupos estratégicos ajuda a manter relevância e proximidade.

Rituais, reconhecimento e networking são essenciais para manter o engajamento alto.

O líder da comunidade precisa continuar presente para garantir que o DNA original não se perca.


Agora me conta: qual foi o maior desafio que você enfrentou ao tentar escalar um grupo ou uma comunidade?

Leia também