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Do campo ao pão, com tecnologia e inovação

PATRICIA GALASINI

Colunista

9/4/20253 min read

| Patricia Galasini

Presidente da Câmara Setorial de Olivicultura de SP e fundadora da Agência JKPG, com 20 anos de atuação no mercado. Referência na difusão da cultura do azeite de qualidade no Brasil e no mundo, é consultora estratégica para empresas alimentares e grandes players do Agro de SP. Professora em instituições renomadas, também atua como influenciadora digital, conectando conhecimento e mercado. Com forte presença no setor de eventos presenciais e online, promove conexões que impulsionam negócios, fortalecem o agronegócio e impulsionam a inclusão alimentar no Brasil. Seu trabalho alia excelência, inovação e sustentabilidade para transformar o mercado global de alimentos.

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A história de um pão bom começa lá no campo! E a tecnologia está lá invisível, do início ao fim da Cadeia Produtiva.


Não é suposição: É fato! A variedade do trigo, o jeito de cuidar do solo, o plantio, a rotação de culturas, uso certo da água, a colheita e o armazenamento. Estes itens que decidem a qualidade da farinha, o sabor e até o rendimento. Se o grão é colhido na hora certa e vem rastreado, ele traz a “identidade” do lugar e de quem plantou — é a primeira assinatura do produto. Tudo isso feito com tecnologia de ponta. Produtores investem cada vez mais em aplicativos, sistemas e plataformas de controle de produção.


E a tal “tecnologia invisível”? Faz toda a diferença. Sondas e registradores (IoT) monitoram temperatura e umidade em tempo real, cortam desperdícios e estabilizam o processo. Com dados confiáveis, a equipe acerta o ponto sempre

— e ainda economiza, sem perder o toque autoral.


No moinho, entra a precisão. Proteína, força (W), P/L, umidade, cinzas, cor… tudo medido direitinho. Sensores ajustam os cilindros para não maltratar o amido e formar a base do glúten. Armazenamento decente e logística correta evitam perdas e contaminação. Qualidade não é uma etapa isolada; é a cadeia inteira. A tecnologia garante padrão sem matar a personalidade do grão.


Chegando na padaria, começa a transformação. Farinha, água, sal e tempo viram massa com método: temperatura da massa, hidratação, autólise, dobras e ponto de véu. A fermentação é a alma: leveduras e bactérias lácticas fazem aroma, acidez e deixam o pão mais leve de digerir.


Do forno vem o aroma! A magia acontece, enquanto o pão cresce, aromas e sabores vão sendo formados, e a cor? Aquela crosta que estala. Equipamentos modernos, que podem ser controlados na palma da mão, pelo celular, poupam energia e reduzem emissões com toque artesanal. Depois, resfriar direito é obrigatório. Até a embalagem moderna, conta com “respiráveis” ou com atmosfera modificada para alongar a vida útil sem “prejudicar” a experiência.


Basta um QR Code simples na embalagem para conectar o cliente ao campo, ao moinho e à padaria. Qualidade não é só maciez; é sabor de verdade, rastreabilidade, segurança e valor nutricional. Inovar, às vezes, é simplificar: menos aditivo, mais processo; menos atalho, mais entendimento da farinha.


Nada disso roda sem gente preparada e com aprendizado contínuo. Treinar, medir, comparar e melhorar vira rotina. Produtores, Padeiros, culinaristas,

profissionais da alimentação e apreciadores fazem parte do mesmo time: uns garantem padrão e segurança; outros transformam técnica em PÃO!


Quando técnica encontra propósito: vira produto gostoso, custo sob controle e impacto positivo. Cada pão produzido é um acordo entre campo, tecnologia e mão humana. Do campo ao pão, a inovação trabalha nos bastidores — e quem ganha é o consumidor.

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