E-commerce Brasileiro Cresce 286% em Sete Anos: Confira os Estados com Maior Expansão

GESTÃO

Redação

11/5/20242 min read

Nos últimos sete anos, o comércio eletrônico no Brasil apresentou um crescimento expressivo de 286,7%, com o faturamento saltando de R$ 53 bilhões em 2016 para R$ 205 bilhões em 2023, de acordo com dados da FecomercioSP, divulgados pelo InfoMoney. Esse crescimento ressalta a adesão dos brasileiros ao e-commerce, especialmente durante a pandemia, que impulsionou o setor.

Destaques Regionais: Alagoas, Goiás e Mato Grosso na Liderança

Entre os estados com maior crescimento, Alagoas, Goiás e Mato Grosso se destacaram. Alagoas, por exemplo, viu suas vendas online aumentarem de R$ 383 milhões em 2016 para R$ 2 bilhões em 2023, um crescimento de 436,9%. Goiás também registrou expansão impressionante, passando de R$ 1,2 bilhão para R$ 6,2 bilhões, um aumento de 399%. No Mato Grosso, o crescimento foi de 374%, consolidando esses estados como os que mais expandiram no e-commerce.

Por outro lado, o Acre apresentou um desempenho mais modesto, com aumento de 170%, seguido por Roraima, com R$ 206,3 milhões em vendas em 2023, reflexo das dificuldades logísticas da região Norte, onde nenhum estado ultrapassou R$ 1 bilhão em vendas online. Problemas com transporte e frete mais caro limitam a competitividade dos produtos na região.

Rio de Janeiro: Mercado Forte, mas com Crescimento Abaixo da Média

O Rio de Janeiro, terceiro maior mercado consumidor online do país, foi responsável por quase 10% das vendas totais de e-commerce em 2023. No entanto, o estado registrou um crescimento de 226% desde 2016, inferior à média nacional. Segundo a FecomercioSP, a insegurança logística, com um alto número de ocorrências de roubo de carga, tem impactado as operações, especialmente na capital, elevando o custo de frete e limitando as vendas.

Crescimento do E-commerce: Pandemia e Perspectivas para o Futuro

O setor experimentou um salto inédito durante a pandemia, com crescimento de 80,9% entre 2019 e 2020. Nos anos seguintes, as taxas de aumento desaceleraram, mas o e-commerce continuou em alta: 34,1% em 2021, 9,9% em 2022 e 0,2% em 2023. A FecomercioSP aponta que fatores como a alta dos juros e o aumento da inadimplência, além de crises como a das Lojas Americanas, reduziram o potencial de crescimento no último ano.

No entanto, as perspectivas para 2024 são otimistas. A estabilidade da inflação, uma leve recuperação do varejo físico no primeiro semestre (5,1%) e uma taxa de desemprego reduzida (6,6% em agosto, segundo o IBGE) podem impulsionar o comércio eletrônico brasileiro para um novo recorde ao final deste ano, beneficiado por uma massa salarial maior e pelo aumento da confiança dos consumidores.

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