E-commerce Brasileiro Sustenta Crescimento e Projeta Vendas Recordes para 2024

GESTÃO

Redação

11/7/20242 min read

O e-commerce brasileiro alcançou, em 2023, seu maior faturamento histórico, com receitas de R$ 205,1 bilhões, segundo a FecomercioSP. Esse número representa um crescimento de quatro vezes em relação a 2016, quando o setor faturou R$ 53 bilhões. Com o setor agora representando 6,9% das vendas totais do varejo nacional — ante 2,4% há sete anos —, o comércio eletrônico tornou-se peça fundamental na economia brasileira e na composição do PIB.

Em termos de produtos mais vendidos em 2023, o smartphone liderou com R$ 10,8 bilhões, seguido de livros (R$ 6,7 bilhões), aparelhos de televisão (R$ 5,6 bilhões) e geladeiras (R$ 5,3 bilhões). O levantamento é baseado em dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional e da FecomercioSP, que destacam o impacto da pandemia na aceleração do setor, com um aumento notável de 80,9% em 2020 em relação a 2019. Desde então, o setor manteve-se em alta, consolidando seu crescimento.

Superando Obstáculos: Logística e Confiança do Consumidor

A pandemia também motivou mudanças que facilitaram o consumo online, superando limitações que antes favoreciam o varejo físico, como a insegurança em relação ao pagamento e o tempo de entrega. Atualmente, as empresas oferecem sistemas de pagamento mais confiáveis e entregas ágeis, com algumas lojas realizando entregas no mesmo dia.

No entanto, a FecomercioSP acredita que o setor poderia ter crescido ainda mais em 2023, não fosse a conjuntura econômica desafiadora, incluindo alta inadimplência e juros elevados, além do impacto da crise das Lojas Americanas, que gerou desconfiança entre consumidores e investidores. Em 2024, com inflação controlada e um aumento da massa de renda, a expectativa é de um novo recorde de vendas.

São Paulo: Protagonista no E-commerce Nacional

São Paulo lidera o mercado nacional de e-commerce, com 32% da movimentação total em 2023, ou seja, de cada R$ 100 vendidos, R$ 33 foram realizados no estado. Além de ser o principal mercado consumidor, São Paulo também é o maior emissor de produtos, com quase metade dos itens vendidos online no Brasil saindo do estado (48,5%).

Com uma infraestrutura robusta, que inclui grandes centros de distribuição próximos a rodovias e aeroportos, São Paulo se beneficiou de investimentos estratégicos que viabilizam uma logística eficiente. Minas Gerais e Espírito Santo seguem em segundo e terceiro lugares, impulsionados por regiões como Extrema, que tiram proveito da proximidade com o mercado paulista.

FecomercioSP e o Apoio a Pequenas e Médias Empresas (PMEs)

A FecomercioSP tem trabalhado para apoiar PMEs a expandirem suas operações no e-commerce. A entidade oferece orientações para estruturar lojas virtuais, gerenciar estoques e otimizar fluxos financeiros, auxiliando empreendedores a aproveitarem as oportunidades que o comércio eletrônico oferece.

Com as projeções otimistas para o fim de 2024, o e-commerce brasileiro segue firme, impulsionado por uma economia mais estável e por uma base de consumidores cada vez mais adaptada ao digital, reforçando a relevância do setor na economia nacional.

Leia também