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E-commerce: Google, Instagram e YouTube lideram buscas por produtos, aponta estudo

FELIPE BAZON

Colunista

1/20/20255 min read

Por: Felipe Bazon

CSO (Chief SEO Officer) da agência de SEO Hedgehog Digital, Bazon atua no mercado de SEO desde 2006 e já liderou inúmeros projetos de SEO em empresas do Brasil, EUA, Reino Unido, Europa até na Austrália. Além de gestor, Bazon é Palestrante Internacional, sendo o primeiro e único Brasileiro a palestrar no palco principal do BrightonSEO e no SEontheBeach na Espanha. No Brasil, RD Summit, Digitalks, Fórum do E-commerce Brasil e SEO Summit são eventos onde você com certeza já viu ou poderá ver suas palestras.

O que leva alguém a pesquisar por um item e comprá-lo? A pesquisa State of Search Brasil 5, realizada pela agência especializada em SEO Hedgehog Digital, revelou dados importantes para o e-commerce brasileiro com relação ao comportamento e intenção de buscas online.

O levantamento aponta que 90% dos brasileiros pesquisam por produtos após serem impactados por algum meio de comunicação, como séries, filmes, programas de TV e redes sociais.

Entre as plataformas de busca, o Google lidera com 79% de preferência, seguido pelo Instagram (41%) e pelo YouTube (39%), reforçando a relevância dessas plataformas na jornada de compra.

Na comparação, a pesquisa destaca o interesse por compras, principalmente online. Entre os participantes, 49% pesquisaram algo relacionado à categoria Compras nos últimos anos. Em seguida, aparecem as categorias Saúde, com 47%, e Bem-estar e atividades físicas, com 41%.

Preferências de dispositivos para pesquisa

O local onde a pesquisa é feita reflete a preferência pelo smartphone. Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados realizam buscas exclusivamente pelo celular, enquanto apenas 6% utilizam exclusivamente o computador ou notebook. Já a combinação de ambos os dispositivos é preferida por 56% dos participantes.


Para o ecommerce, esses dados mostram o que as edições passadas da pesquisa já apontavam: uma boa interface mobile é essencial para vendas.

Jornada de pesquisa até a compra online


No e commerce, entre as principais partes do Marketing está a jornada do cliente. Compreender essa etapa é fundamental para tornar o caminho da busca até a aquisição mais direcional possível.

Por isso, o estudo detalhou os caminhos percorridos pelos consumidores na jornada de compra. O Google e outros buscadores foram os meios mais utilizados em diferentes contextos de compra. Confira os três principais canais para cada situação:

Compras pelo notebook/computador:

  • 29% pesquisaram no Google e outros buscadores;

  • 12% pesquisaram em marketplaces nacionais;

  • 8% buscaram em ferramentas de busca por imagens.

Compras pelo smartphone:

  • 26% pesquisaram no Google e outros buscadores;

  • 13% pesquisaram em marketplaces nacionais;

  • 8% buscaram em redes sociais.

Compras em lojas físicas:

  • 29% pesquisaram no Google e outros buscadores;

  • 12% pesquisaram em marketplaces nacionais;

  • 9% buscaram em redes sociais.

Felipe Bazon, CSO da Hedgehog Digital, destaca a importância do posicionamento estratégico entre tantas opções de busca: “Mesmo com a dominância do Google, a pesquisa traz insights valiosos sobre o posicionamento das marcas em multiplataformas e reforça a importância do SEO para um bom desempenho. O consumidor tende a comprar de quem está nas primeiras posições de busca.”

Google é referência para o e-commerce

O levantamento revela dados sobre o impacto do Google no comportamento de compra dos brasileiros. De acordo com a pesquisa, 59% dos usuários recorrem ao buscador com interesse em compras, uma categoria que só fica atrás da pesquisa por conteúdo e informações, citada por 80% dos participantes.

Dentro do Google, os consumidores exploram diversas possibilidades antes de finalizar uma compra, seja em uma loja ou marketplace. O estudo aponta que a maior parte dos usuários, 24%, clica em diversos links gerados pelo buscador para pesquisar um produto específico. Já 19% preferem digitar diretamente o nome da empresa no Google para acessar o site oficial.

Entre os hábitos dos consumidores ao pesquisar produtos, 17% afirmaram que procuram se informar sobre os detalhes antes da compra. Outros 13% realizam a pesquisa, mas deixam para adquirir o item em outro momento ou local. Já 12% utilizam a aba "Shopping" para buscar ofertas e comparar preços.

Além disso, 9% investigam informações sobre a empresa ou marca que oferece o produto, enquanto 6% compram imediatamente ao clicar no primeiro link disponível no Google.

Busca dentro de marketplaces

A pesquisa também apontou o comportamento dos usuários em marketplaces, que são locais de grande variedade de produtos e marcas. Ao chegar no site, 64% dos participantes utilizam a barra de pesquisa para localizar o item desejado.

Outros métodos mencionados incluem:

  • Buscar a partir da página geral, aplicando filtros (18%);

  • Navegar pelo menu de categorias (11%);

  • Visitar diretamente a página do vendedor (5%);

  • Utilizar apenas a rolagem de página para explorar produtos (2%).

Aquisições no último ano


A pesquisa avaliou quais foram as aquisições dos brasileiros nos últimos 12 meses, a partir de novembro de 2024. Entre os destaques, ambos com 47% de busca, está a categoria Alimentação e Moda.


A Alimentação recebe destaque devido a alta de compras por aplicativos de comida, conhecidos como delivery. Já em Moda, temos as compras nos e-commerces como destaque.

Entre as cinco principais categorias em que os participantes mais realizaram aquisições, destacam-se Supermercado, com 40%, seguido por Turismo e Saúde, ambos com 38%.


Desistências nas compras online


A pesquisa também levantou os diversos motivos que levam um possível consumidor interessado em determinado produto desistir de uma compra online ao fazer uma pesquisa no Google.


Os principais motivos se relacionam ao fato de o site parecer duvidoso, 70% apontaram que o site parecer duvidoso é um problema, 69% mencionaram o preço do frete e 57% citaram a falta de informação sobre o produto.


“Os principais motivos de desistência dos brasileiros no e-commerce são provenientes da área de logística e SEO. Muitas empresas acabam desvalorizando seus próprios produtos e serviços por não investirem em um bom ranqueamento no Google, apresentação de um site adequado para o público e na entrega” complementa Bazon.


Outros fatores apontados incluem a ausência de comentários de outros usuários (49%) e a falta de informações sobre a empresa (47%). Além disso, 30% dos consumidores afirmaram desistir da compra quando o site demora muito para carregar.

Outras razões citadas foram a inexistência da oferta encontrada na aba "Shopping" do Google (18%) e a ausência do site na primeira página do Google (9%). Apenas 2% dos entrevistados disseram que nada os faria desistir da compra.


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