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E-commerce Salta 9% na Black Friday 2025 Enquanto Varejo Físico Estagna
GESTÃO
Redação
12/7/20252 min read


A Black Friday 2025 confirmou a tese que gestores de e-commerce vinham defendendo há meses: a data virou, definitivamente, um evento digital. Segundo dados consolidados do mercado e análises de instituições como a Abiacom e o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), houve um descolamento claro de performance entre os canais.
Enquanto o e-commerce registrou um crescimento robusto de cerca de 9% (com algumas consultorias apontando picos de até 16% em volume de pedidos), o varejo total amargou uma alta modesta, rondando a casa de 1,9% — puxada para baixo pela performance das lojas físicas, que em muitos casos registraram retração real.
O Digital como "Porto Seguro" do Consumidor
A disparidade de 9% para 1% não é acidental. Ela reflete a estratégia de defesa do consumidor brasileiro em 2025. Com o crédito caro (Selic em dois dígitos) e o orçamento apertado, o cliente evitou a compra por impulso no shopping para privilegiar a compra comparada da internet.
Os motores do crescimento digital:
Ticket Médio Elevado no Online: No e-commerce, as compras acima de R$ 1.000 representaram mais de 70% do faturamento, confirmando que o consumidor esperou a data para comprar itens de desejo (smartphones e TVs) onde o desconto era mais visível.
Monitoramento Prévio: O perfil do consumidor "planejador" (48% do público) favoreceu o ambiente online, onde ferramentas de comparação de preço validaram as ofertas, algo impossível de fazer com a mesma agilidade no varejo físico.
Varejo Físico: Onde Foi o Problema?
Enquanto o digital celebrava, o varejo físico lidou com corredores mais vazios ou com consumidores usando a loja apenas como showroom. O ICVA apontou que, descontada a inflação, o varejo de rua e shoppings enfrentou dificuldades reais de crescimento, com uma retração de 1,9% nas vendas presenciais em algumas métricas.
A exceção no mundo físico ficou por conta do setor de Serviços e Turismo, que destoou com uma alta expressiva de 10,8% (impulsionada por viagens e transporte), indicando que, quando o consumidor sai de casa, ele está priorizando experiências em vez de produtos.
O Que Esperar de 2026?
Para o empreendedor de e-commerce, o saldo da Black Friday 2025 deixa três lições claras para o próximo ano:
A Consolidação dos Marketplaces: Marcas como Amazon, Mercado Livre e Shopee dominaram as menções e a intenção de compra, concentrando o tráfego. Quem não estava bem posicionado nessas vitrines, perdeu a onda.
Meios de Pagamento: O parcelado ainda é rei para tickets altos, mas o Pix segue ganhando terreno na "cauda longa" de produtos mais baratos.
Omnicanalidade Real: As lojas físicas que performaram bem foram aquelas que funcionaram como "hub" para o online (Retira Loja), integrando estoques. O modelo de loja isolada, dependente apenas do fluxo de passantes, mostrou sinais claros de esgotamento.
Conclusão: A Black Friday 2025 provou que, em tempos de economia desafiadora, a eficiência do clique vence o charme da vitrine. O crescimento de 9% no digital contra a estagnação física é o ultimato para a digitalização total do varejo brasileiro.
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