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Economia dá indícios de desaquecimento no segundo semestre de 2025
GESTÃO
Redação
9/2/20252 min read


A desaceleração econômica, esperada para este segundo semestre, já começa a se manifestar em indicadores concretos. A crise se revela principalmente nas áreas de emprego, crédito, confiança e consumo. Veja os principais pontos:
Emprego: criação de vagas em queda
Apesar da abertura de 129,7 mil vagas formais em julho, esse resultado representa um recuo de 32% em relação ao mesmo mês de 2024 — sendo o pior desempenho desde 2020. No acumulado do ano até julho, foram geradas 1,347 milhão de vagas, 10,3% a menos que no mesmo período do ano anterior.
Aumento da inadimplência
A inadimplência com recursos livres entre famílias subiu de 6,3% para 6,5% de junho para julho — o mais alto nível para esse indicador desde maio de 2013. Quando consideradas também as empresas, o índice alcançou o patamar mais elevado desde 2017.
Confiança em baixa e queda no varejo
A confiança de consumidores e empresários segue enfraquecida. A expectativa de queda nas vendas e investimentos já reflete o ceticismo realista do mercado. Tanto o varejo quanto a atividade de serviços apresentam sinais claros de desaceleração.
Juros elevados e inflação persistente
A política monetária restritiva do Banco Central segue com a taxa Selic em torno de 15% — patamar mais alto em quase duas décadas. Isso encarece o crédito, reduz o consumo das famílias e aperta os investimentos.
Risco de recessão técnica e estimativas negativas
Economistas já consideram a possibilidade de uma recessão técnica — isto é, dois trimestres consecutivos de queda no PIB. Projeções de instituições como Tendências, BV e Bradesco apontam contrações no terceiro e quarto trimestre de 2025, com quedas entre -0,2% a -1% nesses períodos.
O que isso significa para o varejo online
Esse cenário de esfriamento econômico representa desafios e ajustes importantes para o e-commerce:
Redução do poder de compra: consumidores mais cautelosos e endividados tendem a reduzir frequência e valor de compras online.
Maior inadimplência: compras com crédito ou parcelamento podem apresentar atraso nos pagamentos, impactando fluxo de caixa.
Competição acuada: lojistas precisarão investir mais em diferenciação e fidelização, já que a demanda se torna mais elástica.
Juros altos encarecem capital de giro: linhas de crédito faturamento e antecipação de recebíveis ficam mais caras, reduzindo margem na operação.
Necessidade de eficiência: a gestão de logística, marketing e atendimento deve ser revista para cortar custos e evitar desperdícios.
Conclusão
A economia brasileira efetivamente inicia o segundo semestre com sinais de desaquecimento. Emprego em baixa, inadimplência crescente, juros elevados e retração de confiança se combinam e colocam o risco de recessão técnica no radar. Para o setor de e-commerce, manter atenção nos indicadores, ajustar precificação, fortalecer liquidez e priorizar eficiência operacional será essencial para atravessar esse período com resiliência.
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