Em seu primeiro indicativo do apetite do consumidor em 2024, Magalu registra crescimento nas vendas de 'dois dígitos'

GESTÃO

Redação

1/21/20242 min read

A direção da varejista Magazine Luiza está otimista após o primeiro teste que delineou o ritmo de vendas para o ano de 2024. Durante a Liquidação Fantástica, realizada entre 5 e 7 de janeiro, as vendas apresentaram um aumento de dois dígitos em comparação a 2023. Embora os números exatos da liquidação não tenham sido divulgados, a sinalização positiva é destacada, considerando que, no primeiro trimestre de 2023, a empresa havia registrado um avanço de 10% na receita.

Eduardo Galanternick, vice-presidente de Negócios da varejista, comenta: "Quando a Liquidação Fantástica vai bem, o ano vai bem". O desempenho no início de 2024 consolidou os ganhos de market share observados ao longo do ano em meio à crise da Americanas.

A empresa informa que o número de pedidos no e-commerce entre 5 e 7 de janeiro foi o dobro do registrado na Black Friday. Nas lojas físicas, as vendas aumentaram 8,3% em comparação com a edição de 2023 do saldão de início de ano, onde alguns produtos alcançaram descontos de até 80%.

Fabricio Garcia, vice-presidente de operações, destaca que o desempenho reflete a melhoria operacional observada nos últimos trimestres. Embora os números do último trimestre ainda não sejam conhecidos, de julho a setembro, as vendas totais atingiram R$ 14,8 bilhões, um aumento de 4,8%. A margem bruta atingiu 30,4%, seu maior patamar em seis anos, impulsionada pelo ganho em serviços.

A Liquidação Fantástica focou na rentabilidade, seguindo a postura adotada na Black Friday. A exclusividade do evento promocional permitiu à varejista ser mais "racional" nos preços. Além disso, a empresa aumentou em 10% a comercialização de serviços, como garantia estendida e seguros, e registrou um crescimento de 6% na emissão de cartões Luiza, na comparação anual.

O ambiente macroeconômico favorável, especialmente com a queda da Selic, deve contribuir para que o Magazine Luiza reporte ganhos de margem nos números do quarto e do primeiro trimestres. As condições de negociação com fornecedores melhoraram, conforme destaca Garcia.

Em relação às especulações sobre uma possível capitalização e ajuste no passivo, banqueiros ouvidos pela Exame IN não veem uma oferta de ações iminente, mas indicam um aumento de capital privado como uma possibilidade. A geração de caixa também está em destaque, com a empresa apresentando R$ 8,1 bilhões em caixa e uma dívida bruta de R$ 7,4 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões de curto prazo com vencimento entre 2024 e 2025.

Atualmente, as ações do Magazine Luiza são negociadas a R$ 2,09, refletindo uma queda de mais de 25% nos últimos 12 meses.

Fonte: Originalmente publicado no portal Exame.

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