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Estratégia de Canais Digitais: De Presença a Propósito
BIANCA AMARAL
Colunista
5/24/20255 min read


Por: Bianca Amaral
Diretora de E-Commerce e Marketplace no PicPay, com mais de 12 anos de experiência em estratégias digitais. Liderou transformações em Amazon, Walmart e Carrefour, focando em crescimento escalável, digitalização da indústria e omnichannel. Consultora especializada em inovação e inteligência de mercado, ajuda empresas a expandirem no ambiente online. Formada em Comunicação Social, é referência em varejo digital e transformação digital.
O comércio sempre foi sobre estar presente onde o consumidor está. Dos catálogos impressos às lojas físicas, dos e-commerces tradicionais aos superapps, o que mudou drasticamente ao longo das últimas décadas foi a multiplicidade de canais disponíveis para essa presença acontecer. Hoje, a pergunta deixou de ser “ter ou não um canal digital” e passou a ser:
Como orquestrar os canais certos para garantir uma experiência fluida, coerente e centrada no cliente?
Com a aceleração digital, marcas de todos os portes se veem constantemente obrigadas a repensar sua estratégia de canais. Entrar em marketplaces virou quase mandatório.
Mas será que basta estar?
O Dilema da Diversificação: Onde Estar Não é o Suficiente
A multiplicação de canais impõe um desafio estratégico fundamental: coesão da experiência. É cada vez mais comum ver marcas que constroem uma presença forte no D2C, mas perdem sua identidade e consistência em marketplaces. Ou que investem pesadamente em Instagram Shopping, mas deixam o e-commerce próprio com uma experiência de navegação precária.
O problema não está na presença multicanal — mas sim na falta de integração entre os pontos de contato. O consumidor não enxerga fronteiras entre canais: ele espera uma jornada fluida, coerente e sem fricções.
Dados de Capital One Shopping (2024) reforçam essa visão: empresas que adotam estratégias omnichannel bem estruturadas retêm até 89% de seus clientes, enquanto aquelas com abordagens fragmentadas retêm apenas 33%. Além disso, clientes que interagem com uma marca por múltiplos canais têm um lifetime value 30% maior do que os que utilizam um único canal.
Esses números mostram que a integração entre canais não é apenas um diferencial — é uma exigência de mercado. E mais do que tecnologia, ela exige intencionalidade, estratégia e consistência.
Marketplaces: Canal de Vendas ou Plataforma de Marca?
Amazon, Mercado Livre, Magalu e Shopee se consolidaram como portas de entrada para milhões de consumidores. Mas marcas que tratam esses ambientes apenas como PDVs digitais perdem controle sobre sua narrativa.
Nestlé usa sua loja oficial no Mercado Livre para muito mais que conversão. Oferece kits estratégicos, conteúdo educativo e reforça atributos como nutrição e
conveniência.
Samsung transformou sua loja na Amazon em uma flagship digital, com vídeos, comparativos e páginas com storytelling técnico — um verdadeiro showroom interativo.
O marketplace, nesse contexto, deixa de ser apenas “praça” e passa a ser plataforma de experiência.
D2C: Vender Direto é Relacionar Direto
O modelo Direct-to-Consumer oferece algo poderoso: controle total da jornada de compra, acesso direto aos dados dos clientes e capacidade de criar experiências mais personalizadas. Plataformas como Shopify e VTEX democratizaram o acesso a esse canal, mas o sucesso exige excelência operacional, domínio da cadeia logística e estratégia digital madura.
Não se trata apenas de startups nativas digitais. Indústrias tradicionalmente B2B também têm adotado o D2C como caminho para crescer, diversificar e se aproximar do consumidor final:
A Leveros, referência no setor de refrigeração e energia solar, migrou para o digital com um e-commerce próprio que hoje representa mais de 60% do seu faturamento. Criou também a plataforma Profiz para conectar serviços e ampliar seu ecossistema de valor (Fonte).
A 3M, multinacional com histórico B2B, apostou no D2C via marketplaces. Com loja oficial no Mercado Livre, passou a vender diretamente ao consumidor final produtos como fitas adesivas e EPIs, ganhando capilaridade com apoio da estrutura digital do canal (Fonte).
No universo digital, D2C não é apenas um canal de vendas — é uma plataforma de relacionamento e inteligência de produto. É o que faz marcas como Amaro irem além da conversão, criando comunidades com UX refinada, lives interativas e experiências omnichannel que fidelizam não só pela compra, mas pelo pertencimento.
Social Commerce e Live Shopping: Conteúdo Também é Canal
O conteúdo deixou de ser apenas ferramenta de atração para se tornar um canal direto de conversão. O social commerce e o live shopping estão transformando a forma como marcas se conectam com os consumidores — especialmente no Brasil, onde o engajamento nas redes sociais é altíssimo.
L'Oréal Brasil implementou lives com a Ecomobi para divulgar marcas como CeraVe. Resultado: crescimento de 161% no GMV em comparação ao mesmo período anterior.
TikTok Shop, com mais de 111 milhões de usuários no Brasil, tornou-se plataforma nativa de vendas em vídeos e lives. O país já é o 2º maior mercado de live commerce do mundo.
O Grupo Soma, dono de Farm e Animale, criou sua própria plataforma de live commerce e movimentou R$ 3 milhões nas quatro primeiras lives.
Esses exemplos mostram que conteúdo, comunidade e conversão já operam no mesmo ambiente — e que social commerce não é futuro. É presente.
Integração como Vantagem Competitiva
Estar presente em múltiplos canais já não basta. A vantagem competitiva está em como esses canais se integram. Estratégias omnichannel bem executadas criam jornadas fluidas e integradas — onde o consumidor transita do físico ao digital com consistência e sem fricções.
A Arezzo&Co implementou RFID em sua operação, integrando lojas físicas e e-commerce com visibilidade total de estoque em tempo real.
A Decathlon é referência global na aplicação de RFID. A tecnologia foi implementada na França, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, China e em lojas selecionadas no Brasil, com uso de robôs autônomos para inventário automatizado.
Clientes que vivenciam essa consistência compram mais, voltam com frequência e tornam-se promotores da marca. A fluidez entre os canais é a nova régua da fidelização.
Orquestrar com Propósito
Em um ecossistema digital cada vez mais complexo, cada canal tem um papel único — mas só entregam seu máximo quando atuam em sinfonia:
D2C é profundidade. É onde a marca cultiva dados, cria relacionamento direto e controla a experiência de ponta a ponta.
Marketplaces são potência. São vitrines de escala e conversão, que oferecem volume e visibilidade quando bem explorados.
Social commerce é influência. É onde a marca cria comunidade, ganha relevância cultural e transforma atenção em desejo.
O erro mais comum é tratá-los como silos — isolados, fragmentados, sem conexão entre si. O consumidor não enxerga canal. Ele enxerga a marca. E espera coerência em cada toque, fluidez em cada jornada, valor em cada ponto de contato.
Integrar não é apenas conectar sistemas. É criar uma narrativa contínua, onde cada canal reforça o posicionamento da marca e contribui para um ciclo virtuoso de aquisição, encantamento e fidelização.
A pergunta relevante hoje não é “onde vender” — é “como construir jornadas que conectam, convertem e cultivam lealdade”.
Em um cenário de concorrência acirrada e consumidores exigentes, o canal certo com a estratégia certa não é só uma tática de crescimento. É uma vantagem competitiva sustentável.
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