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Gestão como Vantagem Competitiva: Os Principais Aprendizados de Bruno Leite para Quem Vende Online

GESTÃO

Redação

11/4/20253 min read

Algumas palestras passam — outras permanecem.
E a apresentação de Bruno Leite, diretor executivo da Bling, durante a ExpoEcomm Goiânia, pertence ao segundo grupo.

Sem firulas, sem buzzwords, sem modismo.
Bruno foi direto ao ponto e trouxe uma verdade incômoda — mas libertadora — para o varejo digital:

O problema do e-commerce não está em vender. Está em entregar com qualidade, manter margem e crescer sem perder o controle.

Num mercado obcecado por tráfego, anúncio e novas ferramentas, ele puxou o foco para onde poucos olham: gestão, rotina, controle, método e disciplina operacional.

E, no fim, ficou claro:
a próxima onda do e-commerce não será dos que gritam mais alto, mas dos que estruturam melhor.

O Culpa Não é do Marketing — É da Gestão

Bruno foi categórico: muitas operações travam porque querem escalar sem ter base.

“Crescer sem estrutura é multiplicar problemas.”

Para ele, o e-commerce brasileiro sofre menos com falta de vendas e mais com:

  • Estoques desorganizados

  • Expedição lenta e sujeita a erros

  • Falta de conexão entre áreas

  • Cadastros de produto ruins

  • Descontrole financeiro

  • Falta de rotina de acompanhamento de dados

E o ponto mais duro — porém real — foi o alerta sobre a experiência do consumidor:

“O cliente não perdoa desorganização.”

No digital, logística ineficiente vira reputação arruinada em poucas avaliações.

O Novo Superpoder do E-commerce: Disciplina Operacional

Segundo Bruno, o lojista moderno precisa enxergar sua empresa como uma máquina com peças interdependentes. Ele destacou pilares que separam operações profissionais de operações amadoras:

  • Cadastro padronizado

  • Estoque integrado e auditado constantemente

  • Layout inteligente no galpão

  • Expedição automatizada

  • Dashboards acompanhados diariamente

  • Inventário cíclico

  • DRE atualizada e revisada

  • Segmentação de campanhas para eficiência

Ou seja, nada glamouroso — mas absolutamente essencial.

“Ferramenta nenhuma substitui consistência. Gestão é método, não glamour.”

Dados: o GPS do Crescimento

Um dos pontos mais citados foi a relação entre dados e tomada de decisão.

“Dados são o mapa. Mas o dono precisa caminhar.”

Bruno reforçou que não saber o lucro por produto é pedir para quebrar.
E fez a pergunta que virou mantra entre os participantes:

“Você sabe qual produto te dá dinheiro — e qual te tira?”

Sem isso, disse, qualquer aumento de faturamento pode ser apenas aumento de prejuízo.

Tecnologia Como Aliada — Não Muleta

Bruno também combateu o vício do “software como salvação”:

“O sistema tem que servir à estratégia. Não substituir o dono.”

E destacou o papel do ERP como ferramenta de autonomia, não dependência:

  • Integrar

  • Automatizar

  • Dar visibilidade

  • Evitar erros humanos

  • Gerar previsibilidade

Mas sempre com protagonismo humano e hábito de acompanhamento.

Checklist Prático do Crescimento Sustentável

A síntese dos pontos-chave para transformar operação em máquina de resultados:

✅ Cadastros padronizados
✅ Estoque auditado e integrado
✅ Galpão organizado para eficiência
✅ Dashboards usados diariamente
✅ Expedição automatizada
✅ Inventário cíclico
✅ DRE atualizada
✅ Segmentação e inteligência de tráfego

Simples? Sim.
Fácil? Não.
Decisivo? Absolutamente.

O Recado Final: Crescer com Responsabilidade

Para Bruno, o e-commerce brasileiro está entrando em uma fase decisiva.

A era da improvisação acabou.
Quem cresce sem estrutura não escala — colapsa.

“Crescer não é vender mais. É sustentar o crescimento.”

E deixou a reflexão que todo empreendedor deveria colar na parede:

“Faturar muito e lucrar pouco é correr em uma esteira.”

A Essência que Fica

A palestra deixou uma mensagem clara:
eficiência virou diferencial competitivo.

Não vence quem tem mais anúncios.
Vence quem tem mais controle.

Porque no fim, o jogo do e-commerce se ganha nos números, no estoque, no fluxo, na margem — e na disciplina diária que ninguém vê.

Uma lição que começa no digital, mas serve para qualquer negócio sério:
O futuro do varejo online pertence aos profissionais — não aos aventureiros.

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