Magalu Expande Importações dos EUA com Parceria Reforçada

MARKETPLACE

Redação

7/31/20242 min read

A varejista brasileira Magazine Luiza está fortalecendo sua colaboração com a startup uruguaia nocnoc para aumentar a importação de produtos dos Estados Unidos. A nocnoc, que conecta vendedores globais a marketplaces, tem trabalhado com a Magalu há mais de um ano e meio. Com a nova regulamentação da Remessa Conforme, que entra em vigor em 1º de agosto, a empresa planeja aumentar as compras de produtos estrangeiros. A nova legislação, sancionada recentemente, estabelece regras claras para a tributação de produtos importados, incluindo uma taxa de 20% para compras de até US$ 50 e 60% para produtos entre US$ 50,01 e US$ 3.000, com uma dedução fixa de US$ 20 no imposto total.

O objetivo da parceria é ampliar a oferta de produtos de maior valor agregado dos EUA, trazendo marcas que ainda não estão disponíveis no Brasil e que muitos brasileiros não têm a oportunidade de adquirir pessoalmente. “Queremos aumentar nosso sortimento e trazer marcas que não estão presentes aqui”, disse Felipe Cohen, diretor executivo de marketplace do Magazine Luiza.

Estratégia Complementar

Essa colaboração complementa um acordo recente com o AliExpress, onde a Magalu vende produtos da rede chinesa e vice-versa. Enquanto os itens do AliExpress geralmente têm preços mais baixos, os produtos dos EUA, que variam de R$ 300 a R$ 2.000, incluem eletrônicos, brinquedos e itens de moda e decoração.

Ambas as parcerias são parte da estratégia da Magalu para expandir o comércio transfronteiriço (cross-border), que atualmente representa uma pequena parcela dos negócios. “Com a nova legislação, estamos focando mais nessa área. Queremos tornar essas operações muito mais relevantes em nosso marketplace”, acrescentou Cohen.

Recentemente, a Magalu anunciou a contratação de Raul Jacob, que estruturou a operação de marketplace da Shein no Brasil, reforçando a importância da iniciativa. Em 2023, as vendas do marketplace da Magalu alcançaram R$ 18 bilhões, um aumento de 17% em relação a 2022, representando cerca de 30% das vendas totais da varejista. No primeiro trimestre de 2024, a participação subiu para mais de 40%, com R$ 5 bilhões em vendas.

Papel da nocnoc

A nocnoc será responsável por toda a logística e operação aduaneira dos produtos, garantindo prazos de entrega mais rápidos e uma experiência aprimorada para o cliente. A startup uruguaia, fundada em 2018, atua como um 'concierge' para vendedores de mercadorias digitais, ajudando-os a entrar em mercados emergentes como o Brasil. A empresa também colabora com plataformas como Mercado Livre e Amazon.

Ilan Bajarlia, co-fundador e CEO da nocnoc, expressou otimismo sobre o futuro do e-commerce no Brasil, especialmente com as novas regulações que trazem mais segurança e velocidade nas entregas. Ele prevê um crescimento significativo na receita da startup, projetando um aumento de 2,5 a 3 vezes em relação ao ano anterior.

Fonte: Exame

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