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Novo botão de contestação do Pix: como funciona e o que muda para o e-commerce
TECNOLOGIAS
Redação
10/9/20253 min read


O Banco Central colocou no ar o botão de contestação do Pix — um autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED) para casos de fraude, golpe ou coerção. A ferramenta fica dentro do app do banco/fintech do usuário e promete acelerar o bloqueio de valores na conta do recebedor suspeito, aumentando a chance de ressarcimento.
Como funciona (passo a passo)
Acionamento direto no app do banco
A vítima seleciona a transação e aciona a contestação digitalmente, sem falar com atendente.Sinalização instantânea ao banco do recebedor
Assim que a contestação é registrada, o banco do recebedor é notificado e deve bloquear os recursos disponíveis — inclusive parcial, se só parte do valor estiver em conta.Análise entre as instituições
Pagador e recebedor (bancos/fintechs) têm até 7 dias para analisar o caso. Se concluírem que houve fraude/golpe, a devolução é efetuada.Devolução
O crédito de volta à vítima deve ocorrer em até 11 dias após a contestação.Limites de uso
O botão não vale para desacordo comercial, erro de digitação de chave, arrependimento de compra ou conflitos com terceiros de boa-fé. É exclusivo para fraude, golpe e coerção.
O que isso impacta no e-commerce
Mais rapidez nas disputas envolvendo fraude: em transações Pix suspeitas (ex.: conta fraudulenta), os valores podem ficar bloqueados durante a análise. Isso reduz o risco sistêmico e tende a elevar a taxa de recuperação de golpes.
Atenção ao fluxo de caixa: se um pagamento recebido cair em contestação por suspeita de fraude, parte ou todo o valor pode ficar indisponível até a conclusão, afetando caixa e conciliação. Planejamento de liquidez e reservas ganham importância.
Menos “suporte manual”, mais processos: como o MED virou autoatendimento no app do cliente, o volume de contestações tende a crescer. Lojas e PSPs precisam de rotinas e SLAs claros para responder a solicitações e enviar evidências rapidamente.
Proteção ao consumidor, exigência ao lojista: a ferramenta não cobre desacordo comercial; ainda assim, lojistas devem manter provas robustas (nota, comprovante de envio/entrega, logs de antifraude) para afastar alegações de fraude quando a venda é legítima.
Medidas práticas para o dono de e-commerce
Reforce antifraude no checkout
Use validação de identidade, análise de risco por device/comportamento e bloqueios por listas/heurísticas específicas para Pix. Integre sinais do PSP e do seu ERP para flagrar padrões atípicos.Padronize “kits de evidência”
Tenha, por pedido, um dossiê automático: pedido + NF-e + comprovante logístico (coleta, rastreio, entrega/assinatura, foto no local) + conversas de atendimento + IP/device. Isso acelera respostas durante a janela de 7 dias.Implemente alertas de contestação
Garanta que seu PSP/banco envie webhook/alerta quando um Pix entrar em MED. Direcione para um workflow com prazos, responsáveis e checklist de evidências.Mapeie impactos de caixa
Modele cenários de bloqueio temporário (ex.: 0,3% a 1% dos Pix) e crie reserva operacional. Ajuste D+ de fornecedores sensíveis (frete/fulfillment) para mitigar descasamentos.Atualize políticas e scripts de CS
Deixe claro nas políticas de compra que o botão de contestação não vale para arrependimento/erro de chave, nem desacordo comercial. Treine o time para orientar o cliente sobre troca/devolução nos canais corretos.Audite o cadastro de recebedores
Se você opera com vendedores terceiros (marketplace ou B2B2C), revise KYC/KYB e monitore taxa de contestações por seller. Quem concentra MEDs deve passar por revisão extra.Concilie todos os elos
Garanta que pedido, Pix, NF-e e logística batem 1:1. Divergências elevam risco de perda na análise entre bancos.Eduque o cliente
Inclua orientação no pós-venda sobre como proceder em caso de golpe real (acionar o botão no app do banco) e como solicitar suporte para trocas, atrasos e arrependimentos (canais da loja). Reduz uso indevido do botão e melhora a experiência.
Conclusão
O botão de contestação do Pix profissionaliza e acelera a resposta a fraudes, protegendo o consumidor e o sistema. Para o e-commerce, ele exige maturidade operacional: antifraude mais forte, evidências organizadas, conciliação rigorosa e governança de caixa. Quem ajustar processos agora reduz risco, mantém reputação e segue vendendo com eficiência em um ambiente de pagamentos mais seguro.
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