| Canal oferecido por:

O poder do boca a boca: como transformar sua comunidade em um verdadeiro movimento

CESAR MARTINS

Colunista

6/26/20255 min read

Por: Cesar Martins

Cesinha está no mercado digital desde 2014 e é o fundador do E-Commerce House, uma das maiores comunidades de e-commerce do Brasil, com mais de 2.000 membros ativos. Reconhecido por sua habilidade de conectar pessoas e criar oportunidades, lidera um ecossistema que valoriza o humano tanto quanto o digital. Recentemente, fundou a Nothing New Co., um projeto com uma visão provocativa e sofisticada, que desafia padrões e abre espaço para novas possibilidades no âmbito de transformação digital. Sempre focado em construir conexões genuínas, ele transforma relacionamentos em negócios que impactam o mercado.

Se tem uma coisa que dinheiro nenhum compra, é o buzz espontâneo.

Você pode investir em tráfego pago, campanhas milionárias e influenciadores, mas nada supera o impacto de pessoas falando da sua comunidade porque realmente acreditam nela.

E é exatamente assim que nascem os movimentos.

Um grupo que começa pequeno, mas cresce porque as pessoas sentem que precisam trazer outros para dentro.

Nas minhas experiências o crescimento orgânico aconteceu porque eu sempre acreditei que nada substitui o contato humano. Em 2024, fui a 120 eventos presenciais, com uma meta pessoal: me conectar com o maior número possível de pessoas.

O resultado? Uma média de 8 novas conexões por evento, somando 960 novas pessoas no meu ciclo – de forma totalmente orgânica.

Mas não foi só sobre números. Cada uma dessas conexões foi uma oportunidade de me apresentar, de falar sobre o que estávamos construindo e de levar adiante o DNA da comunidade.

Isso é algo que muita gente subestima: o quanto o marketing pessoal impulsiona o crescimento de uma comunidade.

Se você é a cara do seu projeto, precisa estar presente o máximo possível. Sua marca não se divulga sozinha – você precisa levá-la com você, incorporá-la no seu dia a dia e garantir que ela esteja sempre na conversa.

E é por isso que o boca a boca é a ferramenta mais poderosa para transformar uma comunidade em um verdadeiro movimento.

Um movimento nasce quando as pessoas sentem que fazem parte de algo maior

Pensa nas comunidades mais fortes do mundo.

Apple, Harley-Davidson, CrossFit, Star Wars, Fórmula 1…

O que todas têm em comum?

Elas fazem seus membros se sentirem parte de algo maior do que o próprio produto ou serviço.

Comigo, o que segurou o crescimento não foi o fato de ser um grupo sobre e-commerce, mas a cultura de pertencimento e colaboração real entre os membros.

As pessoas não entram só para consumir conteúdo – elas entram porque veem que ali podem ajudar e serem ajudadas.

Se você quer que sua comunidade vire um movimento, precisa garantir que seus membros sintam três coisas:

  • Eu sou parte disso.

  • Eu sou valorizado aqui.

  • Eu preciso trazer outras pessoas para dentro.

Se esses três sentimentos estão presentes, o boca a boca faz o resto do trabalho por você.

As regras do boca a boca: ninguém compartilha algo sem um bom motivo

Se você quer que as pessoas falem sobre sua comunidade, precisa dar a elas um motivo forte para isso.

Pergunta rápida:
Você já compartilhou um grupo de WhatsApp ou uma comunidade só porque sim?
Provavelmente não.

A gente só compartilha aquilo que:

  • Nos impactou de verdade.

  • Tem valor real para outra pessoa.

  • Nos faz parecer inteligentes ou conectados.

Ou seja, para que sua comunidade se espalhe organicamente, você precisa criar algo que as pessoas tenham orgulho de compartilhar.

Isso pode acontecer de várias formas:

Conteúdo relevante:
Algo que a pessoa lê e sente que precisa mandar para um amigo.

Networking real:
Quando alguém fecha um negócio ou aprende algo valioso dentro da comunidade.

Experiências memoráveis:
Se sua comunidade promove encontros, eventos ou interações que realmente marcam a vida das pessoas.

Se a sua comunidade não entregar nada disso, ninguém vai se dar ao trabalho de falar sobre ela.

O efeito “você precisa entrar aqui”

Sabe quando você entra em um lugar novo e a primeira coisa que alguém diz é:
"Cara, como assim você ainda não faz parte disso?"

Esse é o efeito que toda comunidade deveria causar.

E como criar isso?

Aqui estão algumas estratégias que funcionam muito bem:

Faça com que os membros sintam orgulho de pertencer ao grupo
Se as pessoas sentem que estar na sua comunidade é um privilégio, elas vão querer trazer amigos.
É natural que boas comunidades tenham um fluxo natural de indicações porque os membros percebem valor e querem que outras pessoas próximas também façam parte.

Use a escassez a seu favor
Se todo mundo pode entrar a qualquer momento, sem critério, a comunidade perde parte do seu valor.
Criar uma fila de espera, restringir vagas ou abrir inscrições por tempo limitado faz com que as pessoas valorizem mais a oportunidade de entrar.
Atualmente temos mais de 300 pessoas na fila de espera para o grupo principal.
Isso faz com que os membros que já estão dentro percebam que fazem parte de algo especial.

Crie “pequenas vitórias” dentro da comunidade
Se uma pessoa fecha um negócio, faz uma conexão importante ou aprende algo útil no grupo, reconheça isso publicamente.
Quando os outros veem que a comunidade gera resultado real, eles sentem que precisam trazer mais gente para dentro.

Como saber se sua comunidade virou um movimento?

Se você quer saber se sua comunidade realmente virou um movimento, faça essas perguntas:

  • As pessoas falam dela sem que eu precise pedir?

  • Os membros indicam amigos porque sentem que eles PRECISAM fazer parte disso?

  • O engajamento cresce sozinho, sem que eu tenha que ficar forçando interações?

  • A comunidade tem identidade própria, com um jeito único de interagir e se comunicar?

Se a resposta for sim para essas perguntas, parabéns!
Você construiu algo que tem vida própria.

E é aí que está o segredo: movimentos não precisam ser forçados – eles acontecem porque as pessoas acreditam neles.

O que fazer quando sua comunidade começa a crescer rápido demais?

Aqui vai um desafio que pouca gente fala: o que fazer quando o boca a boca funciona tão bem que sua comunidade cresce mais rápido do que você imaginava?

Isso pode parecer um problema bom (e é!), mas também traz alguns riscos:

  • A cultura da comunidade pode se perder.

  • Pode entrar gente que não tem a ver com o propósito.

  • O nível de engajamento pode cair se houver muita gente sem conexão real.

Como evitar isso?

  • Defina regras claras e mantenha a moderação ativa.

  • Crie subgrupos ou espaços segmentados para manter a qualidade das interações.

  • Mantenha um onboarding bem-feito para novos membros, garantindo que eles entendam a cultura antes de entrar.

Uma boa estratégia é a criação de grupos segmentados, onde cada nicho tem um espaço mais específico para trocar ideias.
Isso permite que a comunidade continue crescendo sem perder a essência.

Conclusão: O boca a boca é a força mais poderosa de uma comunidade

Movimentos nascem quando as pessoas se sentem parte de algo maior.
Se sua comunidade gera valor real, as pessoas vão falar dela naturalmente.
Marketing pessoal e presença constante aceleram esse crescimento.
O “boca a boca” só acontece quando as pessoas veem um motivo forte para compartilhar.

Agora me conta: qual foi a última comunidade que te fez sentir que você precisava fazer parte dela?

Leia também