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Oracle assumirá controle do algoritmo do TikTok nos EUA: impactos e reflexos para marketing digital

MARKETING

Redação

9/28/20252 min read

Uma mudança estratégica de grande impacto se desenha no mercado digital: a Oracle assumirá o controle do algoritmo do TikTok nos Estados Unidos, em um movimento que envolve segurança de dados, controle de conteúdo e autonomia operacional. Essa nova configuração poderá redefinir a forma como as marcas anunciam, fazem targeting e interpretam métricas na plataforma — especialmente para agências e vendedores digitais que usam o TikTok como canal de marketing.

O que muda: controle e supervisão local

O acordo prevê que a Oracle — em sociedade com investidores americanos como Andreessen Horowitz e Silver Lake — ficará responsável pelo retreinamento, monitoramento e parte da gestão do algoritmo do TikTok no mercado dos EUA. A ByteDance, proprietária chinesa, verá sua participação reduzida e terá controle mais limitado nas operações locais.

Sob esse modelo, o conselho do TikTok nos EUA teria seis dos sete assentos ocupados por cidadãos americanos, com apenas uma cadeira para a ByteDance, sem poder no comitê de segurança.

A nova estrutura será responsável por segurança, proteção de dados, revisão do código-fonte e supervisão no desenvolvimento de aplicações no país, minimizando “interferências externas” e reforçando conformidade regulatória.

Repercussão para anunciantes e estratégias digitais

Para quem investe em marketing digital — especialmente nas redes sociais — essa transição pode ter efeitos práticos importantes:

  • Possível variação no alcance e perfil de segmentação: com novo controle do algoritmo, pode haver ajustes nos critérios que definem quem vê quais anúncios, exigindo readaptação de públicos e criativos.

  • Dados e privacidade em destaque: a Oracle terá papel importante em “blindar” o uso indevido de dados e criar barreiras contra manipulação algorítmica — o que pode gerar impactos nos relatórios fornecidos e na forma como as plataformas disponibilizam métricas aos anunciantes.

  • Aumento de transparência esperada: o movimento acende alerta nos anunciantes para exigirem mais clareza sobre como os algoritmos funcionam e como suas campanhas são otimizadas.

  • Possibilidade de replicação regional: embora, até o momento, o escopo seja os EUA, movimentos regulatórios globais podem pressionar outras regiões a adotar estruturas locais similares — o que pode afetar campanhas no Brasil e América Latina.

O que as marcas nacionais devem observar

  • Monitorar alterações nos resultados de campanhas no TikTok nos EUA, servindo de “termômetro” para possíveis mudanças globais.

  • Ter planos de contingência: redistribuir budget para outras plataformas (Instagram, Reels, YouTube Shorts etc.) caso a visibilidade se torne mais restrita no TikTok.

  • Exigir transparência de plataformas parceiras e adotar métricas sólidas (como dados first-party) para comparar performance real.

  • Preparar equipes técnicas e de dados para eventuais adaptações: redirecionamento de públicos, ajustes de creative e novas estratégias para “driblar” eventuais mudanças no ranking de anúncios.

Conclusão

A decisão de transferir controle do algoritmo do TikTok nos Estados Unidos para a Oracle representa um momento de virada no marketing digital. Para anunciantes e vendedores online, trata-se de acompanhar com atenção o comportamento da plataforma, adaptar estratégias e garantir que possam continuar alcançando seu público com eficiência, mesmo em ambientes de algoritmo mais regulado e supervisionado.

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