| Canal oferecido por:

Origem de Tráfego não é tudo igual: Como descobrir onde seu cliente está de verdade!

CLEBER VIEIRA

Colunista

8/9/20254 min read

Por: Cleber Vieira

Com sólida formação em Administração de Empresas, MBA em Gestão de Varejo e E-commerce, além de especializações em Analytics e Técnicas Avançadas de Gestão em E-commerce, Cleber atua há mais de 12 anos na liderança de operações digitais. Com uma trajetória marcada por mais de 24 anos de experiência em relacionamento com o cliente e 18 anos no varejo, hoje é Gerente de E-commerce do Grupo CVLB, responsável pelas estratégias digitais das marcas Casa&Video e Le biscuit.

O e-commerce não depende mais apenas do Google e das redes sociais. Novos canais, como o TikTok Shop e as buscas por IA, vem surgindo de forma meteórica, dando novos rumos à experiência de compra do cliente.

A ideia deste artigo é mostrar que não existe uma receita de bolo para gerar tráfego de qualidade, ou seja, tráfego que realmente converte. O primeiro passo para seguir na direção certa, e talvez o mais importante, é conhecer o seu cliente. Isso sempre foi essencial na história do varejo, mas hoje temos muito mais ferramentas e dados disponíveis para fazer isso com precisão.

É aí que entra o CRM, com ele podemos gerar informações valiosas sobre onde estão seus clientes, quais são suas faixas etárias, gêneros e onde consomem mais conteúdo atualmente.

Dessa forma, nesse mix cada vez mais complexo de origens de tráfego, você não se perde no labirinto de opções e passa a mirar exatamente onde seu cliente está.

Dados atuais sobre as origens de mídia que precisamos colocar na balança:

Google Search / Shopping (Campanhas PMAX)

  • Fonte principal para usuários acima de 30 anos (Gen X, Baby Boomers).

  • Segundo dados globais, o Google gera 8X mais tráfego que todas as redes sociais combinadas

  • Ideal para quem busca com intenção de compra imediata.

Redes Sociais (Instagram & Facebook)

  • Instagram tem mais de 83% de penetração entre adultos, bem mais forte no público entre 18–34 anos

  • Facebook ainda relevante entre 25–44-anos, com 30% pesquisando produtos por lá. (não abandone o facebook, ainda mais se seu cliente estiver nessa faixa etária)

  • Formatos como carrossel, shopping tags e stories ampliam conversão com tráfego mais leve.

YouTube

  • Atinge 144 milhões de brasileiros, especialmente entre 25–44-anos

  • Alta credibilidade: 92% usam para pesquisar produtos e 85% interagem com marcas

  • Conteúdos como unboxing, comparativos e reviews tendem a gerar tráfego qualificado.

TikTok (orgânico) vs TikTok Shop

  • Cresceu como fonte de descoberta para Gen Z e Millennials, com 61% comprando após anúncios

TikTok Shop (lançado no Brasil em maio/25):

  • Espera-se movimentar R$25–39 bi até 2028, 5–9% do e-commerce nacional, ainda uma projeção sem nenhum grande número real

  • Modelo com vídeos, lives, vitrines e links de compra in-app

  • 71% dos produtos descobertos no TikTok Shop convertem em compra

  • Comissões iniciais menores e possibilidade de canais afiliados + lives .

Buscas por IA (ChatGPT, Bard…)

  • Assistentes conversacionais ampliam o uso de “search as social”.

  • Usuários demandam respostas diretas (ex.: “melhor fritadeira industrial”), ou seja, não adaptar conteúdo significa perder tráfego.

  • Estratégia recomendada: descrições otimizadas, FAQ bem alinhado com linguagem de bots e uso de schema markup.

Comparativo por faixa etária

Para te ajudar a identificar com mais clareza onde estão as melhores oportunidades de investimento para o seu negócio, e em quais canais você pode obter mais retorno, de acordo com o perfil dos seus clientes, criei o quadro “Faixa Etária x Origem da Mídia”.

IA como origem de tráfego é desafiador para a maioria dos E-commerces

Canais de inteligência artificial, como ChatGPT e Perplexity, já representam entre 20% e 40% do tráfego orgânico em diversos segmentos e começam a dominar os resultados em muitas categorias do e-commerce. Esse movimento está diretamente ligado ao SEO tradicional e ao AEO (Answer Engine Optimization), exigindo atenção redobrada, já que se trata de um cenário altamente dinâmico e em constante evolução.


Como aplicar:

  • Produza conteúdo otimizado para AEO: perguntas/respostas diretas, textos concisos e bem formatados.

  • Use prompts para gerar meta tags, títulos, subtítulos e descrições de produtos alinhadas à linguagem natural dos bots

  • Atualize regularmente seu conteúdo para manter relevância e visibilidade nos sistemas de IA.

IA X Canais “Tradicionais”

Vale aqui uma breve comparação entre a IA, enquanto canal de mídia e vendas, e outros meios já consolidados. A ideia é analisar o alcance, as vantagens e os pontos de atenção de cada um.

Vale reforçar o essencial: conhecer profundamente o seu cliente e saber com quem você quer se comunicar. A partir disso, é possível traçar os caminhos certos e escolher, com mais segurança, as ferramentas e canais ideais para alcançar seus objetivos.

Dica do amigo aqui:

  • Mantenha o básico: Google Shopping (campanhas PMAX) + SEO robusto

  • Reforce Social: Reels, Lives e UGC em Instagram e Facebook

  • Invista em YouTube com conteúdo didático e atraente (nem que seja pouco)

  • Adapte-se ao TikTok Shop: lives, creators, vitrines Shoppable (com cautela e vai acompanhando os resultados)

  • Estruture descrições e FAQ para IA, visando “AI search”

Diversificar canais é essencial, não dá é para ficar parado ou achar que as origens de mídias e os funis de conversão de 2 anos atrás irão funcionar hoje!

Leia também