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Pedro Melo expõe o Cérebro Estratégico por Trás da Maxco Store e o Poder da Inteligência no Marketplace

GESTÃO

Redação

5/29/20256 min read

A ExpoEcomm Fortaleza, Circuito 2025, foi realmente um verdadeiro laboratório vivo do e-commerce nacional — um espaço onde ideias ganharam corpo, dados encontraram direção e experiências se transformaram em estratégia. A cada palestra, o palco revelou não apenas tendências, mas caminhos reais, trilhados por quem está no campo de batalha digital todos os dias, vencendo, impactando, transformando.


E o enredo desse evento ganhou mais um contorno especial com a palestra cheia de autoridade de Pedro Melo, diretor da Maxco Store, uma empresa que tem expandindo suas fronteiras com sucesso. Ele trouxe um mergulho profundo em estratégia, tecnologia, estrutura tributária, inteligência operacional e visão de longo prazo.

Prepare-se para interagir com um verdadeiro playbook para quem quer dominar os marketplaces com inteligência, ousadia e consistência.



Uma origem cearense com mentalidade nacional


Pedro começou sua trajetória no e-commerce ainda dentro de uma distribuidora que não tinha operação digital. Ao perceber que vender online exigia estrutura e não apenas boa intenção, em 2019 ele decidiu fundar a Maxco Store com uma visão clara: foco total no marketplace desde o início. A empresa nasceu com DNA digital e pensou desde o primeiro momento em três pilares estratégicos:

  • Benefício fiscal como motor de margem

  • R&P diferenciado para escala com estrutura leve

  • Logística terceirizada para agilidade e abrangência


A empresa é cearense, mas se posicionou fisicamente em Minas Gerais e Espírito Santo, aproveitando o ICMS reduzido, melhor malha de frete e acesso aos principais hubs logísticos do país. “Estar no Sudeste foi uma decisão racional. O frete no Ceará era o dobro. Para escalar, tínhamos que otimizar cada centavo”, afirmou o visionário Pedro.

Marketplace não é canal, é core business

Pedro explicou que para ele e a cultura da empresa, o marketplace não é apenas uma vitrine digital — é o coração que pulsa a vida da empresa. Nada ali é feito por acaso: cada anúncio precisa ser cirúrgico, os insights da inteligência sobre o comportamento de compra é tratado como ouro, e a velocidade de resposta logística, em cada etapa, é e tem que ser milimetricamente cronometrada.

“Quem trata o marketplace como um canal a mais já entra perdendo. Lá dentro, você precisa ser o melhor entre milhares.”, disparou à plateia.


Uma mensagem clara, concorda? Ou você comanda o jogo com inteligência, ou se perde no meio do ruído.



A revolução da Maxco na Shopee

Pedro seguiu eletrizando as mil pessoas presentes na ExpoEcomm Fortaleza. E abriu, sem filtros, os bastidores da escalada da Maxco na Shopee — uma trajetória que saiu do anonimato para, acredite, rompimento da marca de R$ 1 milhão em vendas por mês. E aqui temos que concordar com ele, “não foi sorte, nem milagre. Foi estratégia, execução cirúrgica e domínio do algoritmo.”.


A virada veio ancorada em três pilares estruturais, que transformaram a presença da marca na plataforma em algo muito além de simples exposição de produtos:

  • Lives com celebridades e influenciadores, como o emblemático case de uma transmissão com Xuxa, onde foram vendidos 300 consoles Xbox em poucas horas. O evento virou vitrine, entretenimento e conversão ao mesmo tempo.

  • SEO refinado e identidade visual coesa, com vitrines otimizadas, linguagem adaptada ao perfil do público e foco total em gerar escaneabilidade e desejo. A Maxco aprendeu a “falar Shopee” — e foi isso que moveu o ponteiro.

  • Investimento estratégico em Shopee Ads e datas de alto tráfego, como 5/5, 6/6 e 11/11, aproveitando os picos de audiência e as verbas promocionais para ampliar alcance com inteligência.


Pedro não poupou franqueza ao dizer: “A Shopee virou rede social. As pessoas seguem lojas, compram por impulso, interagem como em um feed. Quem entende isso, dispara.”.

O que antes era apenas um marketplace, agora exige narrativa, presença e ritmo digital. Ele considera que quem ainda enxerga essas plataformas como simples prateleiras, está jogando o jogo com as regras erradas.



Tecnologia como base da escalabilidade

Por trás da performance afiada da Maxco está uma engrenagem tecnológica pensada nos mínimos detalhes — construída com autonomia, propósito e visão de escala. Pedro revelou que a empresa adotou um ERP 100% voltado para e-commerce, mas foi além: montou uma equipe própria de programadores, um verdadeiro laboratório interno que desenvolve soluções sob medida para a operação. Com isso, o resultado só poderia ser esse: um sistema que pensa, decide e executa com inteligência.


Esse ecossistema digital não só automatiza processos — ele impulsiona decisões mais rápidas, assertivas e lucrativas. Entre as engrenagens que compõem essa estrutura, Pedro destacou três funcionalidades que mudaram o jogo:

  • Cadastro inteligente de produtos, utilizando inteligência artificial para agilizar e padronizar inserções, ganhando tempo e precisão no lançamento de novos itens

  • Análise de rentabilidade com scraping de concorrência, que varre o mercado em tempo real e aponta onde está a margem e onde mora o risco

  • Precificação dinâmica, não apenas para acompanhar o mercado, mas para proteger o caixa, garantindo competitividade sem comprometer o lucro


Pedro foi direto ao ponto: “É fácil vender baixando o preço. Difícil é vender ganhando. E a gente prefere vender menos com margem do que muito com prejuízo.”.


Acreditamos que podemos sintetizar a filosofia que norteia a Maxco desta forma: crescer com inteligência, não com desespero. Escalar, sim — mas com lucidez, controle e sustentabilidade.






Diagnóstico de mix: onde mora o lucro

Pedro contou um caso real de consultoria: uma loja que vendia muito, mas lucrava pouco. Ao revisar o mix com foco nos produtos de maior margem e menor atrito, a empresa multiplicou o caixa. “Lucro não vem só de faturar. Vem de entender o que fica depois de pagar tudo.”.


Na Maxco, produtos são classificados por curva A, B e C. A curva A foca no caixa, a B na visibilidade e a C em gerar volume. “Cada um tem seu papel. E temos gente olhando só para os produtos mais lucrativos, todo dia.”, ressaltou.



Conteúdo como diferencial competitivo

Pedro destacou o uso de vídeos e conteúdo para os próprios marketplaces. Diferente do que muitos pensam, as plataformas aceitam e valorizam clipes explicativos, reviews, unboxings e vitrines dinâmicas.


“A gente grava vídeo mostrando o uso, como instalar, como funciona. Isso tira dúvida, diminui devolução e acelera a venda.”.


Além disso, eles ativam microinfluenciadores e afiliados com comissão por venda, usando plataformas que conectam o marketplace a redes sociais.



Cada marketplace com sua lógica

Entre tantos ensinamentos estratégicos, Pedro Melo destacou um dos erros mais comuns — e perigosos — cometidos por quem atua em marketplaces: acreditar que a mesma fórmula funciona para todos.

“Não dá para replicar estratégia entre marketplaces. O que funciona no Magalu, não vale para a Shopee. O que converte na Amazon, não serve na Americanas”, afirmou claramente.


Ele ressaltou que cada canal tem sua própria lógica de navegação, algoritmo, linguagem e perfil de consumidor, e que tratá-los como se fossem apenas plataformas diferentes de um mesmo sistema é o atalho mais curto para desperdiçar verba e frustrar resultados.


Assim ele defende que os caminhos são: observar, testar, aprender e adaptar — o tempo todo. E apregoou que o papel do gestor de e-commerce é o de decodificador de canais, alguém que entende o comportamento do usuário em cada ambiente e ajusta a estratégia para se conectar com ele do jeito certo, no momento certo.


“Marketplace não é prateleira. É algoritmo, é contexto, é conversa. E só ganha o jogo quem aprende a falar fluentemente a língua de cada um.”.



Visão de futuro: logística e conteúdo

Próximo de concluir sua rica exposição, Pedro lançou luz sobre duas megatendências que estão redesenhando o presente — e moldando o futuro — de quem vende online.


A primeira delas é a logística ultrarrápida, que vem sendo absorvida e acelerada pelos próprios marketplaces. Plataformas como Shopee, Magalu e Mercado Livre investem cada vez mais em fulfillment e envio full, buscando controlar a entrega de ponta a ponta e elevar a experiência do cliente ao nível da expectativa: quase imediata.


A segunda, tão estratégica quanto, é a ascensão do conteúdo como força motriz da conversão.

TikTok Shop, lives, vídeos curtos, afiliados e influenciadores de nicho não são mais acessórios — são a nova linha de frente da venda digital. “Hoje, o conteúdo faz o que o SAC fazia há 10 anos: responde dúvidas, gera confiança e conduz à compra.”.


Com essa visão clara de futuro e uma entrega repleta de fundamentos práticos, Pedro encerrou cravando um alerta e um desafio na mente de todos!

“Marketplace é uma guerra de atenção e eficiência. Quem entender o jogo, cresce. Quem não entender, sobrevive até ser substituído.”.

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