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Pulverização 4.0: Drones Assumem o Comando nas Lavouras Brasileiras
PATRICIA GALASINI
Colunista
5/20/20253 min read


| Patricia Galasini
Presidente da Câmara Setorial de Olivicultura de SP e fundadora da Agência JKPG, com 20 anos de atuação no mercado. Referência na difusão da cultura do azeite de qualidade no Brasil e no mundo, é consultora estratégica para empresas alimentares e grandes players do Agro de SP. Professora em instituições renomadas, também atua como influenciadora digital, conectando conhecimento e mercado. Com forte presença no setor de eventos presenciais e online, promove conexões que impulsionam negócios, fortalecem o agronegócio e impulsionam a inclusão alimentar no Brasil. Seu trabalho alia excelência, inovação e sustentabilidade para transformar o mercado global de alimentos.
Página do Colunista
Inovação que impulsiona produtividade e sustentabilidade no campo
A agricultura brasileira, reconhecida mundialmente por sua capacidade de alimentar o mundo, vive uma transformação silenciosa — mas poderosa. Os drones, antes vistos apenas como promessas tecnológicas, consolidam-se como aliados estratégicos no manejo agrícola. E, especialmente na pulverização de insumos, eles representam não apenas inovação, mas também um avanço crucial para a produtividade e a sustentabilidade no campo.
A Revolução Silenciosa nas Lavouras
Ao lado de aviões e helicópteros agrícolas, os drones surgem como uma opção versátil, capaz de realizar aplicações em áreas pequenas, terrenos de difícil acesso ou próximas a zonas de proteção ambiental. Além de garantir a precisão na aplicação de insumos, eles eliminam o contato direto do aplicador com defensivos químicos — um ganho inegável em termos de segurança e saúde ocupacional.
Com tanques de 40 litros e capacidade de atender entre 4 e 6 mil hectares por safra, os drones oferecem uma solução prática para produtores de todos os portes, democratizando o acesso às tecnologias aéreas que, antes, pareciam restritas às grandes propriedades.
Eficiência, Sustentabilidade e Inteligência de Dados
A principal contribuição dos drones vai além da facilidade operacional. Ao realizar aplicações uniformes, com doses exatas de produtos e sem o amassamento das plantas, esses equipamentos proporcionam ganhos de produtividade entre 3% e 5% nas colheitas de grãos.
Tecnologias embarcadas como DGPS e fluxômetros garantem a precisão da aplicação, enquanto sensores multiespectrais e inteligência artificial permitem que apenas as áreas realmente afetadas recebam tratamento — reduzindo custos e minimizando impactos ambientais.
Essa nova era de automação agrícola fortalece o compromisso do setor com práticas mais sustentáveis, ao mesmo tempo em que aumenta a competitividade dos produtores brasileiros no cenário global.
Desafios e Oportunidades no Brasil
O avanço acelerado dos drones também impõe desafios regulatórios. Desde 2017, com a regulamentação da Anac, e em 2021, com a Portaria 298 do Ministério da Agricultura, o setor busca equilibrar segurança e inovação. Hoje, drones autônomos como o Pyka Pelican e o helicóptero dronizado Sprayhawk desafiam ainda mais as fronteiras da legislação, exigindo novas normas capazes de acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas.
Outro obstáculo é a inflação no setor de aviação agrícola, impactada pela alta do dólar e dos combustíveis, o que pressiona os custos operacionais e demanda gestão financeira rigorosa dos operadores.
Convivência Tecnológica: Drones e Métodos Tradicionais
Apesar da ascensão dos drones, a pulverização tradicional, realizada por aviões e helicópteros tripulados, continuará tendo papel fundamental, especialmente nas grandes extensões agrícolas do Brasil. A visão e a tomada de decisão humana, feitas no cockpit, permanecem indispensáveis em operações de larga escala.
Drones e aeronaves tripuladas, portanto, devem coexistir em um ecossistema agrícola cada vez mais tecnológico, onde a automação será uma aliada e não uma substituta do olhar humano.
Um Novo Horizonte para a Agricultura Brasileira
O futuro da pulverização agrícola já começou. A evolução tecnológica dos drones, aliada à inteligência humana no campo, abre novas perspectivas para uma produção mais eficiente, segura e ambientalmente responsável. A agricultura brasileira, novamente, se posiciona na vanguarda — provando que inovação e tradição podem caminhar juntas em direção a um amanhã mais próspero.
Entrevista concedida por Cláudio Júnior Oliveira Gomes, diretor operacional do Sindag, a Patrícia Galasini Presidente da Câmara Setorial de Olivicultura de São Paulo.
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