Re-commerce: A Revolução Sustentável do Comércio Eletrônico

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Redação

10/25/20243 min read

Nos últimos anos, o consumo consciente e a busca por práticas sustentáveis têm ganhado força em diversas indústrias, e o setor de e-commerce não ficou de fora dessa tendência. O re-commerce, também conhecido como “reverse commerce”, surge como uma alternativa que alia acessibilidade financeira, redução de desperdício e impacto ambiental, transformando o modo como compramos e vendemos produtos.

O conceito de re-commerce se refere à compra e venda de produtos usados, recondicionados, com pequenas avarias ou itens de ponta de estoque, principalmente por meio de plataformas digitais. Essa prática tem se mostrado cada vez mais popular tanto no cenário internacional quanto no mercado brasileiro, permitindo que consumidores adquiram produtos de alta qualidade por preços mais baixos e contribuam para a sustentabilidade ao prolongar o ciclo de vida dos itens.

Crescimento Acelerado

De acordo com dados da GlobalData, a venda online de produtos de segunda mão cresceu 15 vezes mais rápido do que o varejo tradicional na categoria de roupas em 2023. Esse crescimento impressionante reflete uma mudança de comportamento, especialmente entre as gerações mais jovens. A pesquisa aponta que 51% da geração Z e 55% dos millennials preferem adquirir itens usados ou recondicionados pela internet, o que indica que o re-commerce não é apenas uma moda passageira, mas uma tendência em ascensão.

No Brasil, o cenário é igualmente promissor. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 2023 revelou que 30% dos entrevistados compraram algum produto de segunda mão online nos últimos 12 meses. Entre os itens mais adquiridos estão celulares, eletrônicos, roupas, calçados e livros, o que mostra a diversidade de produtos que o re-commerce abrange.

Soluções Inovadoras no Mercado Nacional

Com o crescimento do re-commerce, empresas brasileiras também têm investido nesse modelo de negócios, oferecendo soluções inovadoras para facilitar a compra e venda de produtos usados. A startup Loopify, por exemplo, recebeu recentemente um aporte de R$ 4 milhões para expandir suas operações no Brasil. A empresa ajuda marcas a desenvolverem plataformas de revenda de produtos devolvidos, com avarias mínimas ou de mostruário, utilizando processos de triagem profissional para garantir a qualidade dos itens.

Essa prática não só gera novas fontes de receita para as empresas, mas também resolve um dos grandes desafios do e-commerce: as devoluções. No Brasil, cerca de 25% dos produtos comprados online são devolvidos, e muitos deles não podem ser revendidos como novos. O re-commerce oferece uma solução eficaz para que essas mercadorias retornem ao mercado de forma atraente e acessível.

Re-commerce: Preço, Sustentabilidade e Consciência

Uma das grandes vantagens do re-commerce é a combinação de preços mais acessíveis com uma abordagem sustentável. A compra de produtos usados ou recondicionados ajuda a reduzir o consumo de recursos naturais, minimiza a emissão de poluentes e evita o descarte prematuro de itens que ainda têm muito a oferecer. Além disso, para o consumidor, a economia é evidente. Produtos como o iPhone 15, por exemplo, podem ser encontrados em plataformas de re-commerce por valores até 30% mais baixos do que no varejo convencional.

Plataformas como OLX, Mercado Livre, Trocafone e Amazon Quase Novo já oferecem uma ampla gama de produtos seminovos e recondicionados, desde smartphones e eletrodomésticos até artigos de moda e esportivos. O modelo também foi abraçado por grandes marcas como o KaBuM!, que lançou sua primeira loja física de re-commerce em São Paulo, e a Garmin, que oferece itens de aventura recondicionados.

O Futuro do Re-commerce

Com projeções globais de que o mercado de re-commerce possa atingir US$ 351 bilhões até 2028, essa modalidade promete se consolidar como um dos pilares do comércio eletrônico. A tendência é que o re-commerce supere o crescimento do próprio e-commerce tradicional, impulsionado por consumidores cada vez mais conscientes e preocupados com o impacto de suas escolhas.

O re-commerce não é apenas uma oportunidade para economizar, mas uma maneira de participar ativamente de um movimento que promove a sustentabilidade, a circularidade e o consumo consciente. Empresas e consumidores que aderem a essa prática contribuem diretamente para a preservação do meio ambiente, enquanto desfrutam de benefícios financeiros e acesso a produtos de qualidade.

O futuro das compras está se tornando cada vez mais verde, e o re-commerce é um dos principais protagonistas dessa mudança.

Fonte: TecMundo

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