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Rota do E-commerce: o raio-X que revela quem move o comércio digital no Brasil

ESTUDOS DE MERCADO

Redação

11/22/20254 min read

O comércio eletrônico brasileiro segue crescendo — não apenas em faturamento, mas em maturidade. E quem confirma isso é o estudo “Na Rota do E-commerce”, produzido pela Loggi em parceria com a Opinion Box, que traça um retrato realista da jornada das PMEs no digital. A pesquisa apresenta dados valiosos sobre comportamento, desafios, oportunidades e a engrenagem que sustenta a operação por trás das vendas online.

A seguir, reunimos os principais insights do estudo e o que eles revelam sobre o futuro do e-commerce no Brasil.

O novo perfil do empreendedor digital: mais maduro, diverso e conectado

Os dados mostram que o e-commerce brasileiro não é dominado por novatos. Pelo contrário: 45,5% dos lojistas já estão no mercado há mais de cinco anos, e outros 27,3% entre quatro e cinco anos.

A motivação que impulsiona essa jornada também é significativa:

  • 45,5% empreendem pela independência financeira;

  • 27% por realização pessoal.

Ou seja, não é apenas sobre vender online — é sobre construir um estilo de vida baseado em autonomia e propósito. O empreendedor digital de hoje é alguém que já viveu outras etapas profissionais e decidiu trilhar seu próprio caminho.

Crescimento consistente: PMEs ganham escala, mas ainda com desafios

A pesquisa mostra que 57,6% das empresas realizam entre 30 e 50 envios por mês, o que representa de um a dois pedidos por dia — um ritmo estável para pequenos e médios negócios.

Mas o dado mais interessante está em como essa operação é estruturada:

  • 43,4% usam algum sistema de gestão;

  • 10,4% estão em busca de uma plataforma eficiente;

  • 18,9% ainda confiam na boa e velha planilha.

A mensagem é clara: apesar da profissionalização crescente, ainda há grande espaço para amadurecimento operacional.

Canais de venda: redes sociais reinam absolutas

Quando o assunto é onde vender, o comportamento dos empreendedores não deixa dúvidas:

  • 50,9% usam redes sociais como principal canal;

  • 38,7% apostam em site próprio;

  • 28,3% vendem em marketplaces.

O Instagram é o protagonista absoluto: 90,7% dos empreendedores usam a plataforma, seguido por WhatsApp (83,3%) e Facebook (53,7%).

Isso revela um movimento claro: o e-commerce brasileiro continua hiperconectado — e profundamente dependente do ecossistema de redes sociais.

Conteúdo que vende: vídeo é rei, promoções seguem fortes

Hoje, vender não é apenas listar produtos. É comunicar, demonstrar, explicar e criar confiança.

Os formatos mais eficazes segundo o estudo:

  • 48,5% — vídeos demonstrativos e tutoriais

  • 27,3% — promoções e descontos

  • 12,1% — depoimentos de clientes

O consumidor quer clareza e transparência — e responde melhor a marcas que mostram, e não apenas dizem.

O aprendizado vem da internet — e muito das redes sociais

Para se capacitar, os empreendedores buscam conteúdo exatamente onde vendem:

  • 61% usam o Instagram como fonte de informação;

  • 49% aprendem com YouTube;

  • 24% com Facebook;

  • Podcasts, TV e LinkedIn também têm relevância.

Além disso, os conteúdos mais procurados são:

  • 55,2% — estratégias de marketing digital

  • 37,1% — guias para aumentar vendas online

  • 34,3% — cases de sucesso

  • 29,5% — gestão de estoque e logística

A mentalidade de estudo contínuo é uma marca forte do empreendedor digital brasileiro.

Logística deixa de ser dor e vira estratégia

Talvez o ponto mais transformador do estudo seja o peso cada vez maior da logística no e-commerce. Ela deixou de ser vista como custo e passou a ser percebida como diferencial competitivo.

Principais impactos positivos da logística:

  • 28,3% — agilidade nas entregas

  • 25,5% — aumento do alcance geográfico

  • 17,9% — redução de custos

  • 16% — maior comodidade ao cliente

  • 12,3% — melhor gestão de estoque

Além disso:

  • 42,5% entregam em 3 a 7 dias úteis;

  • 25,5% entregam em menos de 3 dias.

A automação já é uma realidade:
28,3% afirmam ter automação logística completa e 32,1% estão evoluindo nesse caminho.

Como os empreendedores lidam com problemas nas entregas

Imprevistos acontecem — e o estudo revelou como as PMEs reagem:

  1. 40,6% — resolvem diretamente com o cliente

  2. 23,6% — usam rastreamento em tempo real

  3. 17% — oferecem compensações ou descontos

  4. 16% — tratam caso a caso

  5. 2,8% — delegam totalmente à transportadora

Ou seja, o lojista brasileiro ainda é muito “mão na massa” — e tende a assumir a responsabilidade pela experiência do cliente.

Desafios: concorrência alta e fragilidade financeira

O levantamento aponta cinco grandes obstáculos:

  • 45,5% — concorrência intensa

  • 18,2% — acesso a crédito

  • 18,2% — escalabilidade operacional

  • 12,1% — fluxo de caixa

Isso mostra que, apesar de dominar canais e comunicação, muitos empreendedores ainda tropeçam nas bases da operação e da gestão financeira.

O que impulsiona o crescimento

As principais alavancas apontadas pelas PMEs mostram um amadurecimento do ecossistema:

  • 41,5% — investimento em marketing

  • 39,6% — expansão para novos mercados

  • 34% — melhoria logística

  • 30,2% — parcerias estratégicas

  • 23% — mão de obra qualificada

Marketing e logística aparecem lado a lado — uma combinação que reflete bem o atual estágio do e-commerce brasileiro.

Conclusão: um mercado que cresce com disciplina e método

O estudo confirma que o e-commerce nacional vive um momento de profissionalização. O empreendedor brasileiro entende cada vez mais que:

  • vender é só uma parte da engrenagem;

  • logística é tão estratégica quanto marketing;

  • dados sustentam o crescimento;

  • multicanalidade é vital, mas exige estrutura;

  • estudo contínuo é o diferencial competitivo do presente.

As PMEs estão amadurecendo, ganhando eficiência e ocupando espaço em um mercado cada vez mais competitivo — mas cheio de oportunidades.

A Rota do E-commerce mostra exatamente isso: um setor que evolui com propósito, método e muita resiliência.
E esse é, sem dúvida, o caminho que continuará moldando os próximos anos do comércio digital no Brasil.

Fonte: Loggi - Na rota do e-commerce

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