Shein Lidera Audiência Digital, Capturando 16% do Market Share na Web

TRÁFEGO PAGO

Redação

4/9/20242 min read

O domínio da gigante chinesa Shein é evidente, conforme revelado pelo recente mapeamento da Snaq, que indica que a marca detém 16,17% do market share no tráfego pago na web. No momento, a plataforma conta com 21,8 milhões de usuários ativos.

Comparativamente, a segunda colocada no levantamento foi a Lojas Renner, com 9,42% do tráfego do site. No entanto, a empresa possui apenas 1/5 dos usuários ativos da Shein, aproximadamente 4,5 milhões.

De acordo com o BTG Pactual, o faturamento anual da varejista internacional em 2023 foi de R$ 10 bilhões, refletindo um crescimento de 42,8% em comparação com 2022. Contudo, a Shein ainda não alcançou a Renner, que registrou um faturamento de R$ 11,7 bilhões.

Vale destacar que, com a iminente estreia da empresa na bolsa dos EUA, a sua valuation está estimada em torno de US$ 90 bilhões.

O CEO da StartSe, Junior Borneli, atribui o grande sucesso da empresa à sua estratégia para atrair os consumidores, que difere dos posicionamentos tradicionais no Brasil. Além disso, ele enfatiza o papel crucial da inteligência artificial na fabricação e na compreensão das peças que serão populares entre os clientes.

Para o varejo local, o sucesso da marca asiática tem uma explicação diferente. Segundo Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), o subsídio indireto resultante da não aplicação do imposto de importação é uma vantagem significativa da varejista em relação às empresas nacionais, que enfrentam uma carga tributária média de 80%.

Gonçalves ressalta a falta de isonomia tributária e equidade concorrencial, destacando que, com uma menor carga tributária, as empresas brasileiras teriam mais capacidade para investir em mídia digital.

Além disso, o governo busca desempenhar um papel mais proeminente em relação às marcas mais consumidas no país, com o intuito de ajustar os impostos sobre produtos importados. Os sites internacionais se beneficiam do programa Remessa Conforme, lidando apenas com o imposto estadual (ICMS), atualmente em 17%.

Gonçalves conclui que é necessário igualdade de tratamento em termos tributários, para que as empresas nacionais possam competir em condições equitativas ou para que as plataformas estrangeiras sejam submetidas aos mesmos tributos pagos no mercado interno.

Fonte: Ecommerce Brasil

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