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Thays Maia e o poder da reinvenção: como a RENNOVA uniu beleza, tecnologia e propósito para conquistar o mercado

GESTÃO

Redação

10/22/20256 min read

“Quem aqui já fez um procedimento estético? Botox, preenchedor… pode levantar a mão, é normal, isso é gerenciamento de envelhecimento”, brincou Thays Maia, Head de Negócios Digitais da RENNOVA, arrancando risadas e sorrisos da plateia na ExpoEcomm Goiânia 2025. Mas, por trás do bom humor, vinha uma fala estratégica, repleta de dados e visão de mercado — a de quem transformou uma marca de cosméticos em uma potência de dermocosméticos em tempo recorde.

De Goiânia para o mundo: a força de uma marca que entende o tempo

A RENNOVA nasceu em Goiás e se firmou como uma empresa que simboliza o novo ciclo da beleza — aquele em que estética, ciência e tecnologia caminham juntas. “A Renova que vocês já conhecem agora também é RennovaTech e RennovaCare”, apresentou Thays, mostrando um vídeo institucional que traduziu a essência da marca: inovação com alma.

Na fala da executiva, ficou claro que o mercado da beleza vive um boom sem precedentes. “Estamos falando de um mercado bilionário, que cresce cerca de 7,2% ao ano. Em 2027, deve chegar a 40 bilhões de dólares”, apontou. Mas o ponto não era apenas sobre faturamento — e sim sobre propósito: entender que cuidar de si virou uma forma de bem-estar e de pertencimento.

Errar rápido, corrigir mais rápido: os bastidores da criação da RennovaCare

Thays não escondeu os tropeços que antecederam o sucesso. Antes da RennovaCare, uma marca não deu certo. “A gente não tinha persona. Eu não sabia pra quem eu queria vender. E estava concorrendo com todas as influenciadoras.”

Essa transparência deu força à mensagem que ecoou entre os empreendedores na plateia: o erro não é o fim, é o início do acerto. Foi ouvindo o cliente que Thays e sua equipe encontraram o “ponto de dor” que mudaria tudo: faltava uma linha de dermocosméticos específica para pré e pós-procedimentos estéticos.

“Meu negócio é injetável, e eu não tinha uma marca pra indicar no pré e pós. Achei a dor do mercado”, revelou. Assim nasceu a RennovaCare, uma linha patenteada e única, hoje referência nacional no segmento.

Pesquise, pergunte, não adivinhe: o segredo está na escuta ativa

“Marcas não têm ego. Quem tem ego são as pessoas por trás delas.” A frase de Thays resume um dos pilares mais fortes da sua palestra. Segundo ela, empreendedores erram ao tentar adivinhar o que o cliente quer. “A gente faz isso com o marido, mas não pode fazer com o cliente”, ironizou.

Para a líder da Rennova, pesquisa de mercado não é luxo — é sobrevivência. E ela não fala de estudos caros, mas de inteligência prática: caixinhas no Instagram, questionários no WhatsApp, ligações diretas. “O cliente está te dizendo onde você precisa melhorar, é só ouvir.”

E essa escuta vai além do consumidor final: começa dentro da própria empresa. A Rennova testa seus e-commerces primeiro com os colaboradores, transformando-os em coautores da operação. “Eles se sentem parte do movimento. Isso gera pertencimento e engajamento real”, explicou.

Quando o colaborador veste a marca, o cliente sente

Para Thays, equipe é sinônimo de cultura. “Se só você, dono, está lucrando e sua equipe não está engajada, está errado. Você não vai pra frente.” A fala soou como alerta e inspiração.

Ela reforçou que os colaboradores são os primeiros clientes da empresa — e precisam acreditar, usar e defender os produtos. “Se eu vendo maquiagem, tenho que usar a maquiagem que eu vendo. Se você não veste a camisa da sua marca, ninguém vai vestir.”

Essa humanização da relação interna cria, segundo Thays, o que ela chama de ‘energia de marca viva’ — um conjunto de atitudes e exemplos que conecta propósito interno com percepção externa.

O novo luxo é entender seu cliente — e não desperdiçar margem

Com lucidez, Thays desmistificou o “fetiche do frete grátis”. “Nem todo cliente quer frete grátis. Tem gente que prefere pagar e receber rápido. Às vezes você está queimando margem à toa.”

Ela defende que o foco deve ser a personalização de valor: entender o que realmente importa para cada segmento da base. “Pergunte o que é prioridade para o seu cliente. Valor não é o mesmo para todo mundo.”

E foi categórica ao lembrar que cuidar da base é mais lucrativo que buscar novos leads: “Um lead novo pode custar até sete vezes mais do que manter quem já está com você.”

Omnichannel: o jogo que separa amadores de visionários

“Se o Meta cair amanhã, você perde a sua empresa?” A indagação fez o auditório silenciar. Thays alertou para o risco de depender de um único canal e defendeu a omnicanalidade como requisito básico. “Você não pode construir seu castelo em terreno alugado.”

Para ela, o cliente precisa viver a mesma experiência em qualquer ponto de contato — WhatsApp, site, loja física ou e-commerce. “A jornada não é linear. Eu começo no site, vou pro WhatsApp, falo com o consultor e finalizo em outro canal. A conexão tem que existir.”

A tecnologia como parceira — e não custo

Thays foi enfática: “Tecnologia não é gasto. É investimento.” E deu exemplos: bots de atendimento, CRMs, automação de campanhas e análise de dados. “O que você investe numa ferramenta, você economiza em pessoas e ganha tempo pra gerar dinheiro.”

A executiva destacou que a Rennova adota soluções que aceleram a operação e ampliam a experiência do cliente, e aproveitou para convidar o público a conhecer as ferramentas apresentadas pelos expositores da ExpoEcomm. “Às vezes, uma tecnologia resolve em minutos o que você levaria semanas pra fazer manualmente.”

Influência que converte: o poder dos micro e nano influenciadores

O mercado de influência, segundo Thays, precisa de um olhar mais estratégico. “Os grandes influenciadores, com mais de um milhão de seguidores, representam só 1,3% do mercado.”

Ela defende que o verdadeiro potencial está nos micro e nano influenciadores — pessoas com engajamento real e autenticidade. “Aquele influencer com cinco mil seguidores que veste a camisa da marca, fala com o coração, e converte dez vezes mais.”

A palestrante também citou cases como o da Saint-Germain Relógios, que faturou alto sem depender de grandes nomes. “As pessoas compram de pessoas. E conexão é o que move o comércio.”

Oito pilares de ouro para marcas que querem durar

Thays encerrou com um roteiro estratégico — um passo a passo que sintetiza a cultura de crescimento da Renova:

  1. Reforce o propósito da sua marca. “Por que você existe e o que quer mudar no mundo?”

  2. Ofereça experiências personalizadas. Clientes não querem produtos — querem pertencimento.

  3. Invista em inovação e tecnologia.

  4. Fortaleça sua presença omnichannel.

  5. Aposte em influência inteligente. Conexão antes de alcance.

  6. Valorize os clientes da base. “Cuidar de quem já compra é o segredo da rentabilidade.”

  7. Meça números e mude rápido. “O digital não espera.”

  8. Cultive humildade e networking. “Eu não preciso reinventar a roda. Benchmark é sabedoria.”

Um posicionamento de propósito

Thays Maia direcionou ao final que o maior ativo de uma marca não está nos números de seguidores, nem nas métricas de vaidade, mas na verdade que sustenta o propósito.

“O que faz uma empresa durar é o quanto ela é capaz de se adaptar sem perder a essência. A beleza é um mercado milionário, mas o que o torna valioso é quando ele transforma vidas”, afirmou, com a serenidade de quem fala não apenas de faturamento, mas de impacto humano.

O público compreendeu a percepção dela de que o e-commerce deixou de ser apenas uma vitrine digital: virou um espelho social. “Quando uma mulher compra um produto RennovaCare, ela não está comprando só um dermocosmético. Ela está comprando a segurança de poder se olhar no espelho e se sentir confiante de novo”, explicou.

Essa perspectiva — que une razão, emoção e propósito — perpassou toda a fala de Thays e se materializou na forma como ela enxerga o futuro do varejo digital. “O digital sem propósito é vazio. A tecnologia é incrível, mas é a alma da marca que cria conexão verdadeira. As pessoas não lembram da oferta, lembram de como você as fez se sentir.”

Assim, os participantes da ExpoEcomm em Goiânia, se levantaram para aplaudir não apenas uma executiva bem-sucedida, mas uma mulher que entendeu verdadeiramente o cerne da questão: o e-commerce que dura é o que tem alma.
Porque vender pode ser um ato de transação.
Mas
conectar, transformar e cuidar — isso é um ato de propósito.

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