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TikTok Shop cresce 26 vezes e intensifica a “guerra” no e-commerce brasileiro

MARKETING

Redação

11/15/20252 min read

A entrada da TikTok Shop no Brasil marcou o início de uma nova fase no comércio eletrônico nacional — não apenas pelo canal, mas pela forma de comprar. Em apenas cinco meses de operação, a plataforma registrou um salto de 26 vezes na receita média diária (GMV) entre maio e setembro de 2025.

O que mudou

  • O modelo da TikTok Shop aposta no chamado “discovery commerce” — ou seja: o usuário descobre produtos enquanto consome conteúdo, e consegue comprar sem sair da plataforma.

  • A operação brasileira registrou também fortes aumentos: o número de vendedores ativos com vendas mensais subiu 11 vezes, e o número de criadores (influenciadores) realizando vendas subiu 12 vezes no período.

  • Categorias como moda, beleza, decoração e itens para casa despontam como áreas-chave da plataforma.

Por que isso é um alerta para o setor de e-commerce

  1. Mais competição: Plataformas consolidadas como Mercado Livre, Shopee e Amazon agora enfrentam um player com abordagem diferente — forte em vídeo, conteúdo e interação social, não apenas catálogo.

  2. Nova jornada de compra: O ciclo “ver, gostar, comprar” se encurtou — e isso exige que lojistas revisem cadastro, logística, experiência de checkout, para não perderem no impulso desse tipo de compra.

  3. Estrutura requerida: O crescimento explosivo da TikTok Shop no Brasil mostra que vender por conteúdo exige que a operação responda com estoque adequado, entregas rápidas e atendimento preparado — caso contrário, risco de reputação.

  4. Oportunidade para quem for rápido: Vendedores que entrarem com bons produtos, boa execução e entenderem o mecanismo de “conteúdo → venda” têm chance de capturar participação antes de muitos concorrentes mais lentos.

O que os lojistas devem observar agora

  • Avalie se o seu mix de produtos se encaixa em formatos de descoberta (vídeo, live, social) — produtos de moda, beleza, casa e decoração parecem ter vantagem.

  • Prepare a operação para rápida conversão: catálogo descrito para vídeo, fotos que convertem, logística alinhada à nova cadência de vendas.

  • Pense conteúdo e comunidade, não apenas anúncios tradicionais. A compra por impulso via entretenimento cresce.

  • Monitore indicadores de performance próprios: taxa de conversão, valor médio do pedido, custo por aquisição — esses números podem mudar com novos canais como esse.

  • Considere diversificar presença de canal: estar apenas em marketplaces tradicionais pode significar perder parte da tendência de descoberta social.

Conclusão

O crescimento de 26 vezes da TikTok Shop em poucos meses no Brasil é mais do que uma estatística — é um alerta de transformação estrutural para o e-commerce. O tabuleiro mudou: o público compra com base em conteúdo, interação e descoberta, não apenas em busca ativa.

Para quem opera no e-commerce, a mensagem é clara: quem se adapta primeiro, ganha vantagem.
E o recado final é simples: o futuro da venda online está cada vez mais vinculado ao social — conteúdo + compra, não apenas plataforma + catálogo.

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